A análise do governo da fusão entre Boeing e Embraer poderia terminar no início do mandato de Jair Bolsonaro.
A declaração foi feita pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, nesta segunda-feira (17).
Segundo Mansueto, o processo análise do governo da fusão entre Boeing e Embraer pode se estender para além de duas semanas. Ela começaria no início do governo Bolsonaro.
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Entenda a fusão Boeing-Embraer
A Embraer informou nesta segunda-feira (17) que seu conselho aprovou a fusão com a Boeing.
A empresa brasileira está negociando um acordo estratégico com a fabricante norte-americana de aeronaves desde julho do ano passado.
O objetivo é criar uma joint venture no Brasil, chamada JV Aviação Comercial.
O novo negócio de aviação comercial seria avaliado em US$ 5,26 e teria participação de 80% da Boeing e 20% da Embraer.
A Boeing fará um aporte de US$ 4,2 bilhões na nova empresa.
A nova empresa deveria assumir os negócios da divisão de aviação comercial da Embraer e de suas operações relacionadas, serviços e capacidades de engenharia. A transação ainda depende do aval dos acionistas, entre os quais está o governo brasileiro que detém uma golden share. Além disso, os órgãos reguladores do mercado brasileiro e americano também devem aprovar a operação. A expectativa é que o negócio seja concluído até 2019.
“Você tem um trâmite burocrático porque eles têm que pedir um posicionamento do governo em relação à golden share. E aí o governo tem que analisar, isso não necessariamente é feito em uma semana, mas também não é um processo muito longo”, disse Mansueto, “o governo tem que analisar, tem que ver se tem alguma implicação para aquelas atribuições da golden share e depois o governo tem que se manifestar via Procuradoria-Geral da Fazenda e o ministro da Fazenda, que manda isso para o presidente”.
Mansueto disse não saber se a análise da fusão entre Boeing e Embraer possa ser feita em poucos dias. “Não sei se isso dá para ser feito em uma ou duas semanas. Então talvez seja um processo que tenha começado agora e termine no início do próximo governo”, acrescentou o secretário do Tesouro. Mansueto de Almeida seguirá no mesmo cargo no governo Bolsonaro.