Mansueto Almeida irá para o BTG Pactual (BPAC11), diz jornal
O ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, se tornará sócio e economista-chefe do banco de investimento BTG Pactual (BPAC11) quando sua quarentena acabar, em janeiro de 2021. As informações são do jornal “Brazil Journal”.
Mansueto Almeida tinha em mãos propostas de diversos bancos locais e internacionais. De acordo com informações do jornal, a decisão foi tomada na manhã do último sábado (8).
Essa será a primeira vez que Almeida trabalhará em uma instituição financeira. Funcionário de carreira do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o ex-secretário do Tesouro recebeu prestígio pelo grande conhecimento sobre as contas públicas.
Antes de ingressar no governo, em 2016, Almeida exerceu atividades como consultor para instituições locais e investidores estrangeiros. O economista foi convencido em ficar no governo para a transição do governo Temer para o governo Bolsonaro, em 2019, devido sua comunicação didática e trânsito fácil no Congresso.
Por vezes, o ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstra publicamente seus agradecimentos a Almeida por seus serviços prestados enquanto estava no poder público. O ex-secretário ajudou na construção do Teto de Gastos, na reforma da Previdência e por duas vezes na renegociação da dívida dos estados.
No banco de investimento, Almeida encontrará dois amigos economistas: Eduardo Loyo, ex-diretor do Banco Central (BC), e Eduardo Guardia, com quem trabalhou no Ministério da Fazendo durante o governo Temer.
Segundo reporta o “Brazil Journal”, a chegada de Almeida reforça o braço de wealth management e institucional sales do BTG Pactual. O economista colaborará para a montagem de posições em tesouraria com base em uma visão macro sofisticada, ao lado do maior banqueiro da instituição, André Esteves.
Mansueto Almeida foi exonerado de seu cargo na secretaria do Tesouro Nacional em 15 de julho deste ano, após seu pedido de saída a Guedes. Para seu lugar, Bruno Funchal assumiu a posição e encabeçará a tentativa de estabilidade fiscal do Brasil nos próximos anos.