Após uma enxurrada de pedidos para registro de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mais quatro empresas jogaram a toalha e desistiram da abertura de capital na B3 no início de outubro, segundo informações publicadas nesta quarta-feira (14) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
São elas: a plataforma digital de aluguel de imóveis Housi; a empresa de produtos de saúde Elfa; a construtora Patrimar; e a comercializadora de energia elétrica 2W Energia. Com isso, as companhias ampliaram a lista de desistência, aumentando para um total de 11 empresas que optaram por dar um passo para trás em seus planos de IPO.
O grande movimento de busca de recursos no mercado de ações para financiar projetos de expansão e capitalizar as companhias reflete o cenário brasileiro, que desfruta de uma taxa básica de juros (Selic) na mínima histórica, de 2,00% ao ano, e de um significativo volume de dinheiro injetado na economia pelo governo federal e pelo Banco Central (BC) para elevar a liquidez no País.
Apesar disso, o caminho tem desapontado algumas empresas em virtude da alta volatilidade na bolsa de valores brasileira, que ainda repercute os impactos da pandemia do novo coronavírus, e das incertezas político-econômicas domésticas e internacionais.
Empresas adiam seus planos de IPO
Além das desistências, existe o caso das companhias que decidiram adiar sua estreia na B3, que ainda não constam na lista de desistências da CVM. Entre elas estão: a Caixa Seguridade; a Havan; a Companhia de Água e Esgoto do Ceará, Cagece; e a Iguá Saneamento.
Empresas, que concluíram o processo de IPO e estrearam recentemente na bolsa, também tiveram de se submeter a preços abaixo do que procuravam para manter vivas suas operações, enquanto outros negócios enfrentaram um forte baixa após o processo de listagem.
Ainda há 42 empresas que esperam o registro da CVM para levar à cabo seus planos de IPO. Duas delas, o grupo hospitalar Rede D’Or, e a companhia de educação Cruzeiro do Sul protocolaram seus pedidos neste mês.