O fundo fundo imobiliário Maxi Renda (MXRF11), que durante o mês de maio seguiu com a proposta de reciclagem do portfólio de CRIs, foi o tema que liderou as notícias mais lidas dessa semana, seguido pelo relatório do Credit Suisse que aponta que a reforma tributária será potencialmente positiva para empresas de bancassurance.
Já em terceiro lugar entre as notícias mais lidas, está a avaliação de tributaristas que apontam que a proposta de reforma tributária pode estimular operações de day trade.
Além disso, durante a primeira semana do mês os leitores ficaram atentos aos dividendos da B3, e ao ministro da economia, Paulo Guedes, que afirmou que quem recebe dividendos não pode reclamar de pagar 20% em tributação.
Veja abaixo um resumo e o link para as cinco notícias mais lidas na semana:
1. FII MXRF11 lidera notícias mais lidas
Liderando as notícias mais lidas do SUNO Notícias nesta semana está o fundo imobiliário Maxi Renda (MXRF11) que recentemente divulgou seu relatório gerencial do mês de maio.
No quinto mês do ano, o FII seguiu com a proposta de reciclagem do portfólio de CRIs, com alienações e liquidações, focando em originações e estruturações próprias.
O MXRF11 alienou os papéis do GPA e FS Bioenergia, gerando um ganho de capital de R$ 1,62 milhão ao fundo. Também foram liquidados os CRIs JCA, Helbor Multi Renda II e BRF, no valor total de R$ 82,50 milhões.
“Algumas alocações tiveram o processo de estruturação um pouco mais lento que o esperado, de forma que o fundo encerrou com volume de caixa além do desejado”, comentou a gestão do FII.
2. Reforma tributária favorece BB Seguridade
A proposta da reforma tributária foi um dos assuntos que mais se destacaram essa semana. Assim, a segunda matéria entre as mais lidas foi sobre o relatório do Credit Suisse que apontou que a proposta será potencialmente positiva para empresas de bancassurance, incluindo Caixa Seguridade (CXSE3) e BB Seguridade (BBSE3), da mesma forma que impactará negativamente os negócios da XP.
As medidas beneficiariam BB Seguridade e Caixa Seguridade, as quais não seriam afetadas pela não dedutibilidade do JCP, dado que apenas pagam dividendos, avaliou o Credit Suisse. Já o impacto nos lucros deve ser positivo, “pois o benefício da redução na taxa de imposto de renda mais do que compensa a tributação sobre a parte dos dividendos”. O banco estima um efeito positivo nos lucros de 3% para BBSE e 6,6% para CXSE em 2023.
As mudanças não significam um empurrão para segurados em geral. Em paralelo, o Credit Suisse disse esperar um impacto negativo sobre os lucros de Porto Seguro (PSSA3), de 4,6%, em razão do impacto do fim da dedutibilidade de juros sobre capital próprio.
3. Reforma tributária incentiva day trade
Além disso, tributaristas avaliaram que a proposta de reforma tributária pode estimular operações de day trade, e essa foi a terceira notícia mais lida da semana.
A equipe econômica propôs alterações na tributação das operações em Bolsa. Hoje, a apuração é mensal e há duas alíquotas, de 15% e 20%, a depender da aplicação (com compensações de prejuízos limitadas às operações com alíquota igual). Com a reforma tributária, a cobrança será única para todos os mercados, em 15%, e existirá a possibilidade de compensação entre todas as operações.
Na visão de Ana Claudia Utumi, sócia fundadora da Utumi Advogados, a unificação da alíquota de IR e a apuração de day trade junto com demais operações pode encorajar a estratégia de compra e venda no mesmo dia. “Apesar do day trade envolver muito risco, as medidas propostas podem infelizmente estimular ainda mais o mercado.”
Para Alamy Candido, sócio do Candido Martins Advogados, ao harmonizar as alíquotas de IR a reforma tributária beneficia algumas operações, em detrimento de outras. Neste caso, o incentivo iria ao day trade.
4. B3 ajusta valor de proventos e foca entre matérias mais lidas
A B3 (B3SA3) informou nesta terça-feira (29) que o valor dos dividendos por ação, anunciados no dia 24 de junho, foi ajustado de R$ 0,16842 para pouco mais de R$ 0,168543.
Ao mesmo tempo, a B3 ajustou o valor bruto por papél dos juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 0,04607 para R$ 0,04610. Nesse sentido, o valor líquido, já deduzido o imposto de renda na fonte de 15%, passou de R$ 0,03916 para R$ 0,03919.
Ao anunciar os proventos, a companhia já havia destacado que os valores poderiam ser modificados em razão do programa de recompra em curso.
5. Guedes defende proposta para tributar dividendos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender na última quinta-feira (1), a proposta apresentada pela equipe econômica na semana passada para tributar a distribuição do lucro e dividendos com uma alíquota de 20%.
“Não estamos nem fazendo a tabela progressiva, é só 20%. Tem trabalhador que paga 27,5%. Então pelo amor de Deus, não pode quem recebe dividendo reclamar de pagar 20%”, reforçou o ministro.
Ao participar de um evento online organizado pelo empresário Abílio Diniz, o economista afirmou que a proposta da reforma tributária apresentada pelo governo não traz aumento de impostos.
“Quem não pagava impostos diretamente, ou seja, a classe mais alta que vive de dividendos, vai pagar agora. Aí vai dizer que já paga por meio da empresa. Não se preocupe, vamos reduzir a tributação da empresa. Não queremos que você pague através da empresa, mas, sim, pela pessoa física“, explicou ele.
Essas foram as 5 notícias mais lidas da semana. Para ler todas, clique aqui.