Em 293 respostas colhidas pela XP na pesquisa Sentimento do Mercado, 49% acreditam que o Ibovespa deve chegar a um patamar de 130 mil a 140 mil pontos ao final de 2021.
A previsão reduz as expectativas da pesquisa feita em julho, quando 46% dos assessores acreditavam que o Ibovespa em 2021 ficaria entre os 140 mil e 150 mil pontos.
“De acordo com a última pesquisa da XP, os assessores e seus clientes continuaram otimistas em relação à trajetória da Bolsa. A média de palpites calculada foi de 132.831 pontos, uma diminuição de -5,4% em relação ao mês anterior (140.388 pontos na pesquisa passada), e acompanhando a piora nos indicadores ao longo do mês de Agosto”, diz a pesquisa.
A pesquisa é realizada com assessores da XP e assessores de investimento de escritórios autônomos filiados à XP Investimentos, e se refere ao mês de agosto.
Ainda segundo a corretora, em relação aos riscos, o destaque continuou sendo o político e fiscal no Brasil, chegando a 82%. A alta da inflação foi vista como o segundo maior risco em 6%, seguido da alta da taxa Selic em 5%.
A pesquisa também mostrou que o interesse dos investidores por renda fixa e Tesouro Direto aumentou de forma expressiva diante da alta da Selic, enquanto o apetite por renda variável diminuiu, impactando ações e fundos imobiliários.
O percentual de interessados em manter seus investimentos em renda variável ficou em 46% dos respondentes, o que indica queda de 5 pontos porcentuais (p.p.) em relação a julho.
Já os que pretendem diminuir seus investimentos em renda variável chegaram a 38%, um aumento de 25 p.p. em relação ao mês anterior.
Deste modo, os assessores entrevistados na pesquisa da XP demonstram que os clientes estão mais pessimistas em relação aos seus investimentos em ações. Apenas 16% dos investidores pretendem aumentar suas posições nessa classe de ativos.
Ibovespa hoje
No pregão desta terça-feira (31), o principal índice do mercado brasileiro cai 0,91% aos 118.655,33 pontos. Assim, o Ibovespa segue andando de lado nas últimas semanas, apesar de uma queda expressiva influenciada pelo minério de ferro — cujo recuou 1,91% em Qingdao, na China.