Uma pesquisa realizada pela XP Ipespe e divulgada nesta sexta-feira (14) mostra que a maioria da população é favorável à reforma da Previdência. A proposta de mudança no sistema previdenciário do país foi apresentada na última quinta-feira (15) pelo governo ao Congresso Nacional.
Segundo a pesquisa, 52% dos entrevistados disseram que concordam total ou parcialmente com a reforma da Previdência. Somente 42% se disseram contrários a mudança. Esse resultado mostrou uma virada em relação ao mês passado. Em maio, apenas 44% dos entrevistados eram favoráveis e 51% contrários.
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Também aumentou a percepção entre a população brasileira de que a reforma da Previdência é necessária. Se em maio 62% dos entrevistados tinham essa visão, agora 65% das pessoas acreditam na necessidade da mudança. Ao contrário, os que não consideram a mudança necessária foram de 32% para 30%.
A pesquisa da XP Ipespe entrevistou mil pessoas entre os dias 11 e 13 de junho em todas as regiões do Brasil.
Nova proposta
Na última quinta-feira relator especial da reforma, o deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP) apresentou uma nova versão da reforma da Previdência ao Congresso. O novo texto reduz a economia prevista em dez anos de R$ 1,2 trilhão para R$ 915 bilhões.
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Do documento foi retirado o modelo de capitalização, defendido por Paulo Guedes. Além disso, funcionários públicos de estados e municípios também foram removidos da proposta. Entretanto, eles poderão voltar a ser incluídos através de uma emenda no momento da votação no plenário.
Datafolha mostrava oposição
Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha no começo de abril mostrou que a reforma era rejeita da por 51% dos entrevistados. Segundo o instituto de pesquisa, apenas 41% eram favoráveis. Além disso, 7% não sabiam e 2% se declararam indiferentes a mudança.
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Um oposição menor daquela registrada contra a reforma da previdência do governo do ex presidente Michel Temer. Em abril de 2017, às vésperas de o texto ser votado por comissão especial da Câmara, 71% rejeitavam a mudança.
A Previdência social representa atualmente um custo de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, ou cerca de 59% do Orçamento federal. Sem mudanças, as despesas previdenciárias poderiam chegar a 80% do total.