Azul (AZUL4) dispara quase 70%; Veja as 5 ações que mais subiram no mês de março
O Ibovespa, principal índice de ações brasileiras da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o mês de março com queda de 2,91%, a segunda baixa mensal consecutiva.
A cotação do Ibovespa atingiu a mínima mensal de 96.996,84 pontos, o que representa o menor patamar desde julho de 2022, quando o índice havia alcançado a mínima de 95.266,94 pontos. A máxima de março foi registrada aos 106.723,99 pontos.
O Ibovespa encerrou o primeiro trimestre de 2023 com uma baixa de 7,16%, em meio aos temores com inflação global, a crise da Americanas (AMER3) que culminou em sua recuperação judicial, além da crise no setor bancário.
Em relação ao mês março, a crise bancária gerou preocupações ao mercado, fazendo com que o Federal Reserve (Fed) tomasse medidas para trazer alívio aos bancos, sobretudo depois da quebra do Silicon Valley Bank (SVB).
Na Europa, o banco UBS acertou a compra do Credit Suisse pelo valor de 3 bilhões de francos suíços, correspondente a US$ 3,25 bilhões.
O acordo teria sido costurado por órgãos reguladores na Suíça, na tentativa de evitar que se espalhasse uma baixa na confiança do mercado aos bancos.
No cenário doméstico, os investidores repercutem e avaliam a apresentação do novo arcabouço fiscal, assim como os resultados das empresas no quarto trimestre de 2022 (4T22).
Veja a seguir quais foram as 5 maiores altas do Ibovespa em março.
Maiores altas de março
- Azul (AZUL4): +68,72%
- Ecorodovias (ECOR3): +26,34%
- Embraer (EMBR3): +25,32%
- Gol (GOLL4): +20,80%
- CCR (CCRO3): +16,47%
Azul
A Azul foi o principal destaque de alta do mês, com uma forte valorização de 68,72%, se recuperando da forte queda de fevereiro, que fora de 39,83%.
As ações da Azul encerraram o mês cotadas a R$ 12,03, acima do preço de abertura do mês de março.
A alta dos papéis da Azul veio após a reestruturação de suas dívidas, assim como pela divulgação de resultados mais robustos.
A companhia teve um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre de 2022 (4T22), e acabou revertendo o prejuízo de R$ 392 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
No ano de 2022, a Azul registrou um prejuízo líquido de R$ 722 milhões, com baixa de 82,9% em relação a 2021.
Ecorodovias
As ações da Ecorodovias registraram ganhos de 26,34% em março, revertendo a queda de 9,69% em fevereiro.
Essa forte alta foi registrada em meio à divulgação de resultados da Ecorodovias, referente ao quarto trimestre de 2022. A companhia teve uma receita líquida ajustada de R$ 1,152 bilhão no período, com aumento de 32,1% na comparação com o ano anterior.
Em 2022, o resultado financeiro da Ecorodovias foi positivo em R$ 295,9 milhões, cerca de 19% superior ao registrado um ano antes, que foi de R$ 248,5 milhões.
Embraer
As ações da Embraer também figuraram entre as maiores altas do Ibovespa em março, com uma valorização de 25,32%.
A valorização das ações da Embraer ocorreu após a divulgação de resultados robustos, com um lucro líquido ajustado de R$ 226,2 milhões no quarto trimestre de 2022.
Desconsiderando os ajustes, o lucro líquido atribuído aos acionistas teve um salto de 973,9% no 4T22, quando comparado ao 4T21, chegando a R$ 119,2 milhões
Já o Ebitda ajustado da Embraer passou de R$ 609,4 milhões no 4T21 para R$ 1,198 bilhão no 4T22.
Gol
Com alta de quase 20,80%, as ações da Gol também estiveram entre os principais destaques positivos do mês de março.
A companhia teve um lucro líquido de R$ 230,9 milhões no 4T22, enquanto no mesmo período do ano anterior ela obteve um prejuízo líquido de R$ 2,809 bilhões.
O resultado da Gol foi na contramão da expectativa do consenso Refinitiv, cuja estimativa de resultados para o 4T22 era de um prejuízo líquido de R$ 484,75 milhões.
CCR
No dia 13 de março, a companhia anunciou seu novo CEO, Miguel Setas. O nome foi bem visto pelo mercado, inclusive pela XP Investimentos, que destacou a experiência do executivo no setor de infraestrutura regulada.
As ações da CCR se valorizaram 16,47% no mês de março, fechando o top 5 de maiores altas do Ibovespa no período.