Maior acionista da Oi quer a saída do atual CEO da companhia

A maior acionista da Oi (OIBR3; OIBR4), a GoldenTree Asset Management, informou nesta segunda-feira (19), que está discutindo com a alta cúpula administrativa da empresa de telefonia, mudanças na companhia por conta dos péssimos resultados apresentados no segundo trimestre.

A GoldenTree Management, que após a reestruturação da Oi em dezembro de 2017 se tornou a maior acionista da empresa com uma participação de 15%, informou que somente um CEO experiente poderia executar o plano estratégico da companhia, diferentemente do atual que é um “advogado talentoso”.

“Nós agora tememos que o futuro de longo prazo da empresa esteja em sério risco por conta da pobre tomada de decisões, performances operacional e financeira decepcionantes e fracasso em aplicar importantes princípios de governança corporativa previstos pelo plano de reorganização”, informou a gestora.

Oi tenta obter R$ 2,5 bilhões com bancos

Os executivos da Oi estão conversando com bancos para tentar obter até R$ 2,5 bilhões no mercado. A informação foi divulgada pelo jornal “Estado de S. Paulo” no último sábado (17).

Segundo o veículo, a Oi necessita dos recursos para conseguir manter suas operações ao longo dos próximos meses. No entanto, a empresa ainda não sabe como obterá o montante.

Em recuperação judicial desde junho de 2016, a operadora segue apresentando resultados negativos. Na época em que a companhia protocolou o pedido de recuperação, as dívidas declaradas somavam R$ 65 bilhões.

Saiba mais: Oi conversa com bancos para levantar até R$ 2,5 bilhões, diz jornal

As ações da Oi (OIBR4) nesta segunda-feira caíram 6,4%, aumentado já a queda da última semana de 29%, o pior recuo semanal desde 2016.

Em 2012, as ações da empresa chegaram a ser cotadas em R$ 114,70.

Resultados do 2T19 decepcionam

No relatório de resultados para o segundo trimestre deste ano, a empresa voltou a apresentar resultados negativos. A companhia elevou o prejuízo em 24% no período de abril e junho.

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O prejuízo líquido atribuído da Oi foi de R$ 1,559 bilhão. O resultado consolidado das operações continuadas ficou em R$ 1,625 bilhão negativos.

A receita líquida da Oi também caiu 8,2% no comparativo anual no segundo trimestre deste ano.

Rafael Lara

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