Maior acionista da Herbalife vende metade de sua participação

O investidor ativista Carl Icahn vai vender mais da metade de sua participação na Herbalife Nutrition (NYSE: HLF) por US$ 600 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões). A informação foi anunciada pela própria empresa em um comunicado.

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O valor equivale a US$ 48,05 por ação da Herbalife, o preço no fechamento da última sessão do ano em Wall Street. A compra da posição na empresa por parte de Icahn tinha sido em um valor de US$ 19 por ação.

Com essa venda, Icahn perdeu todas as cinco posições no conselho de administração da empresa.

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Icahn detinha uma participação de 15,5% na Herbalife. O acordo deve ser fechado na próxima quinta-feira (7).

Mesmo com a venda, a Icahn Enterprises terá ainda cerca de 8 milhões de ações da Herbalife, representando uma participação de cerca de 6%.

O “The Wall Street Journal” informou no último domingo (4) que nos últimos dias Icahn vendeu cerca de 10% de sua participação na empresa de marketing multinível, conhecida por seus suplementos dietéticos.

Acordo de 2013

Icahn começou a comprar ações da Herbalife em 2013, após elogiar a empresa, e tem sido seu maior acionista desde então.

No mesmo ano, a Herbalife e a Icahn Enterprises firmaram um acordo que permitia ao investidor ter cinco assentos no conselho, mantendo pelo menos 14 milhões de ações da empresa em sua carteira.

Agora que a participação de Icahn cai abaixo do limite de 14 milhões de ações, o acordo inicial foi encerrado e seus representantes no conselho renunciaram.

“Na época, eu acreditava que a empresa precisava de um ativista e isso com certeza acabou sendo correto”, defendeu Icahn no domingo, lembrando quando começou a investir na empresa, “O tempo do ativismo passou à medida que a empresa cresceu e não costumo investir bilhões de dólares em empresas onde nosso papel de ativista não é necessário”.

Relação entre Icahn e Herbalife sempre foi polêmica

A história de Icahn com a Herbalife foi polêmica. Ele construiu sua enorme participação há vários anos, depois de uma briga pública com o fundo de hedge de Bill Ackman, que havia rotulado a empresa como um esquema de pirâmide e apostado US$ 1 bilhão contra a empresa.

Naquela época, Icahn rotulou Ackman de “mentiroso”, “grande perdedor” e “bebê chorão”, enquanto Ackman chamou Icahn de “valentão” que “tira vantagem das pessoas”.

As práticas de vendas da Herbalife foram investigadas pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos, e em 2016 a empresa concordou em pagar US$ 200 milhões como multa.

Esse acordo liberou a empresa de qualquer acusação, mas a Comissão deixou claro que a Herbalife teria que ser mais transparente com seus distribuidores e consumidores.

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Carlo Cauti

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