Nesta terça-feira (20), Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente da Câmara dos Deputados, declarou que se reunirá com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e líderes partidários, para debater um pacote de projetos. A reunião deve acontecer nesta quarta-feira (21) e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, foi convidado para participar do evento.
Rodrigo Maia se reuniu mais cedo com o presidente do BC para falar sobre o projeto de lei que debate autonomia do Banco Central, e também, sobre a MP aprovada que transfere o Coaf (agora chamado de Unidade de Inteligência Financeira) para o controle do Banco.
“Temos reunião do grupo de líderes amanhã no gabinete de Guedes. Vamos discutir a execução orçamentária, a dificuldade pela qual passa o Brasil para implementar políticas públicas, soluções e caminho de curto, médio e longo
prazo. De longo prazo, tem as reformas da Previdência e tributária, de curto prazo, a cessão onerosa, por exemplo”, declarou o presidente da Câmara
De acordo com Maia, Roberto Campos Neto irá participar para a introdução de outros projetos na Câmara, como a remuneração dos depósitos bancários, a nova lei cambial e a relação entre o Cade e o BC.
Segundo o deputado, “Campos Neto fala que o custo cambial é muito alto no Brasil. Vai apresentar um projeto sobre o tema”.
O presidente da Câmara também classificou o texto de implementação da MP do Coaf, que foi publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (20), como importante para o estabelecimento da “independência necessária da política do Coaf”.
“Os ruídos das últimas semanas em relação à ação de membros da Receita que estavam trabalhando no Coaf eram perigosos para o governo. [Com a Medida Provisória], estancou o risco de crise maior, onde o Coaf de alguma forma poderia estar sendo usado de forma indevida.”, salientou Maia.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também declarou que não houve acordo na reunião de segunda-feira com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre um novo projeto com o intuito de privatizar a Eletrobras ou utilizar o projeto já em tramitação na Câmara. O tema deve ser debatido novamente na reunião de quarta-feira.