O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que trabalhará para que o texto da reforma da Previdência não sofra modificações que possam desidratar a economia. A declaração ocorreu na manhã desta sexta-feira (28) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Maia afirmou que vai atuar para que a Comissão Especial que analisa o texto apresentado pelo relator da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), mantenha a economia durante dez anos próxima a R$ 1 trilhão.
“Vamos trabalhar para que a comissão mantenha o texto do relator para que a gente não tenha nenhum tipo de problema ou um destaque que tire economia”, disse o deputado federal.
O presidente da Câmara falou também sobre a pressão exercida por algumas categorias em relação a reforma. No entanto, segundo Maia, se o sistema não se reestruturar agora, nenhum ente federado terá condições de pagar seus servidores em dia. Assim, ocasionando uma derrota futura às categorias.
“Estamos tendo uma pressão final ai de algumas categorias, mas o que eu estava conversando com o presidente do Tribunal de Justiça é que às vezes uma vitória de uma categoria hoje vai ser uma derrota amanhã”, argumentou o parlamentar.
A participação do presidente Jair Bolsonaro foi mencionada como importante para a aprovação da reforma. Contudo, Maia ponderou que a participação coletiva é essencial.
O deputado afirmou ainda que a reforma será votada antes do dia 18 de julho, quando inicia o recesso parlamentar.
A votação da Previdência, inicialmente agendada para a última quinta-feira (27), foi adiada por não haver uma decisão sobre a participação ou não dos estados e municípios na proposta. Além disso, o descontentamento do Centrão e a falta de liberação de emendas parlamentares contribuíram para o atraso.
Cancelamento da reunião sobre a reforma
A reunião agendada para a última quinta-feira (27) sobre a reforma da Previdência, na comissão especial da Câmara dos Deputados, foi cancelada.
Saiba mais: Reunião para leitura do parecer da reforma da Previdência é cancelada
A sessão tinha sido marcada para que o deputado federal e relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), fizesse a leitura do texto. Contudo, os líderes partidários não concordaram com o parecer.
