Maia diz que deputados próximos a governadores trabalharam contra a reforma

Como justificativa para não incluir Estados e municípios no texto-base da reforma da Previdência, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, disse em entrevista nesta segunda-feira (15), que “deputados mais próximos aos governadores, principalmente do Nordeste, trabalharam contra” a aprovação.

Entretanto, Maia afirmou que ainda depois da votação em segundo turno, da reforma da Previdência, os Estados e municípios poderão ser incluídos. Para isso, haveria uma revisão quando a proposta chegasse ao Senado.

O segundo turno ocorrerá em agosto, após o recesso parlamentar.”Garantido o quórum na segunda votação, está tudo mais ou menos garantido”, disse o mandatário.

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Na mesma entrevista, à Rádio Gaúcha, o líder da Casa Legislativa falou sobre a influência de Jair Bolsonaro (PSL) sobre uma das emendas. Segundo Maia, Bolsonaro deixou a Câmara pressionada ao apoiar os direitos pedidos pelos policiais nos destaques de reforma. “Fizemos o que era possível para minorar o prejuízo à economia esperada”, assegurou Rodrigo Maia ao justificar a aprovação da emenda que amenizou a aposentadoria de policiais.

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Recesso parlamentar

A principal incerteza do governo é com a questão da quantidade de votos. No período de “férias”, os parlamentares costumam voltar aos seus redutos eleitorais. Sendo assim, os políticos ficam mais próximos de seus eleitores. Sendo assim, como a reforma previdenciária não é um projeto popular, o risco previsto pela base aliada é de que os parlamentares mudem de opinião.

Maia acredita que a reforma não perderá votos

O presidente da Câmara dos Deputados acredita que terá a mesma quantidade de votos a favor da reforma da Previdência em agosto, no segundo turno. A afirmação do mandatário foi dada em entrevista à TV Globo.

“Acredito o seguinte: se o plenário deu 379 votos sem governo com força para fazer pressão nos deputados pedindo apoio, pedindo voto – porque não há um governo de coalizão –, eu não vejo muitos riscos de a gente perder votos até a primeira semana de agosto”, disse Rodrigo Maia à rede Globo.

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Juliano Passaro

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