Maia e Bolsonaro dizem que não queriam fazer a reforma da Previdência

O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmaram que não gostariam de fazer a reforma da Previdência, mas que são obrigados para que tenha equilíbrio nas contas públicas e também assegurar a sustentabilidade do sistema. A declaração foi feita na manhã desta terça-feira (9) em um evento com prefeitos, em Brasília.

Rodrigo Maia afirmou que não tem o “prazer” de conduzir a reforma da Previdência. No entanto, segundo ele, caso nenhuma medida seja tomada em relação ao déficit da Previdência, nenhum político “vai conseguir sair na rua nunca mais”.

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Maia ressaltou que não há desejo algum em votar a reforma, mas que essa é a medida para organizar o déficit.

“Alguém acha que cada um de nós tem um prazer enorme de votar a reforma da Previdência, como se fosse uma grande agenda de futuro para o Brasil? Não. A reforma da Previdência vem organizar o que foi construído ao longo dos últimos anos”, disse o presidente da Câmara.

Alinhado a Maia, o presidente Jair Bolsonaro reforçou o discurso do presidente da Câmara dizendo que está em uma encruzilhada.

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“Temos uma encruzilhada pela frente. Como disse o Rodrigo Maia aqui, gostaríamos de não ter que fazer a reforma da Previdência, mas somos obrigados a fazê-la”, disse Bolsonaro.

Investidores esperam equilíbrio

De acordo com o presidente da República, os investidores estrangeiros “aguardam uma sinalização” do Brasil em relação ao equilíbrio das contas públicas.

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“Nós não podemos continuar sendo, com todo orgulho aos que produzem nessa área, não podemos continuar dependendo nossa economia apenas em commodities. O Brasil tem que investir em ciência e tecnologia”, afirmou.

Bolsonaro e Maia participaram nesta manhã da abertura da 22ª Marcha a Brasília em defesa dos municípios. O evento, onde os líderes foram questionados sobre a reforma da Previdência, também contou com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Renan Bandeira

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