De acordo com a Constituição Federal os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre,estão proibidos de se reelegerem. No entanto, grupo de parlamentares estudam a possibilidade de alterar a regra apresentando uma proposta de emenda à Constituição (PEC).
As informações são do jornal “Estado de S.Paulo”, que conversou com o presidente da Câmara Rodrigo Maia que afirmou ser contra essa articulação. “Não estou sabendo de nenhuma articulação nesse sentido e sou contra”, disse Maia.
Conforme o jornal, a ideia teria partido do presidente do Senado Davi Alcolumbre. No entanto, a assessoria de Alcolumbre negou. Além disso, três ministro do Supremo Tribunal Federal foram consultados sobre a articulação e foi dado aval, afirmando que trata-se de questão interna do Congresso.
Para que seja possível uma reeleição dos atuais presidentes será necessário o apoio de 308 deputados além do apoio de 49 senadores.
Possíveis candidatos
Sem acordo sobre reeleição os partidos do Centrão e o PSL movimentam potenciais candidatos à presidência da Câmara. O Partido de centro, o PP, tem dois pré-candidatos à eleição: Lira e Aguinaldo Ribeiro.
De acordo com fontes próximas ao presidente da Câmara, Maia tem preferência por Ribeiro, ex-ministro da Cidades no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. “Não é o momento [para discutir o assunto]. A candidatura é um processo de construção”, disse Ribeiro.
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Porém, o jornal afirma que o presidente não dará apoio a ninguém, pois seu partido, DEM, também possui pré-candidatos, o nome mais cotado é Elmar Nascimento.
Por sua vez, o partido do presidente da República, PSL, cita os deputados Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann como possíveis candidatos. “Eu acho que o PSL não terá a menor chance na Câmara, porque é muito desunido. O partido não tem condições de administrar uma Casa dessas e, hoje, nem mereceria, mas daqui a seis meses, vamos ver”, disse o deputado do PSL, Coronel Tadeu.
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O deputado do MDB, Fábio Ramalho, conhecido como “o rei do baixo clero” está em campanha para assumir a presidência. Conforme o jornal, o deputado recebe todas as quartas-feiras cerca de 50 colegas em sua casa para um almoço com doces e queijos mineiros.
Questionado sobre esses encontros, Ramalho nega que as reuniões tenham relação com a candidatura. “A grande preocupação de todos é dar uma resposta positiva para as demandas da sociedade porque, quem não der, sabe que não será reeleito”, disse Ramalho.
Presidentes
Maia ocupa o cargo de presidência desde julho de 2016, quando foi eleito para assumir o mandato como substituto após a renúncia de Eduardo Cunha.
Em 2017 venceu a disputa e conquistou o mandato, mesmo após as polêmicas jurídicas sobre sua candidatura. E em fevereiro deste ano, Maia ganhou novamente as eleições. Alcolumbre assumiu a presidência no mesmo período, no inicio de 2019.
