A Mahle Metal Leve (LEVE3) informou, nesta terça-feira (18), que seu Conselho de Administração aprovou, em reunião realizada no dia 11 de agosto, a continuidade do desenvolvimento e produção de máscaras de proteção de uso hospitalar, médico, cirúrgico e atividades correlatas. Inicialmente, a companhia havia iniciado a produção do produto para o combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Com a mudança no objeto social da Mahle, o Conselho concorda com o intuito da empresa em ajustar sua produção para continuar com a fabricação do item, seja para uso pessoal ou venda a terceiros.
Segundo o documento publicado no site da empresa, a proposta da diretoria foi aprovada por unanimidade entre os conselheiros. Assim, a Mahle passará, oficialmente, a produzir e comercializar, além de peças e acessórios automotivos, materiais de saúde descartáveis, como as máscaras.
Mahle apresenta prejuízo de R$ 39,5 milhões no segundo trimestre
A companhia apresentou, na última semana, um prejuízo líquido de R$ 39,5 milhões referente ao segundo trimestre deste ano. Dessa forma, a empresa reverte o lucro líquido auferido no mesmo período do ano passado, de R$ 59,7 milhões. Isso ocorreu mesmo com as despesas gerais e administrativas recuando 17,1% na mesma relação.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) passou de R$ 114,9 milhões para um resultado negativo de R$ 14,9 milhões na mesma base comparativa. A receita líquida de vendas caiu 45,5%, para R$ 360,9 milhões. Segundo a empresa, o resultado foi afetado pelos desempenhos negativos do mercado doméstico, cuja queda foi de 63,8%, com destaque para exportação (-43,3%) e aftermarket no mercado interno (-30,7%).
Além da queda na receita, a companhia foi afetada por uma baixa contábil por desvalorização de ativos da Mahle Argentina, de R$ 29,6 milhões. A dívida líquida da empresa, por sua vez, no fim de junho de 2020 era de R$ 143,1 milhões, enquanto ao final do mesmo período de 2019 era de R$ 188,3 milhões.