A gestora Magnetis lançou nesta segunda-feira (4) o TECB11, ETF composto por mais de 23 empresas do setor de tecnologia listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), entre as quais Méliuz (CASH3), Magazine Luiza (MGLU3) e Banco Inter (BIDI11).
O TECB11 tem como objetivo buscar retornos de investimentos correspondentes, de forma geral, à performance do Índice de Ações Tech Brasil, Teva Índices. O ETF acompanhará o desempenho de empresas do setor de software, hardware, dados, e-commerce e serviços financeiros digitais, que têm o Brasil como seu principal mercado.
O fundo inclui tanto ações listadas na B3, como também em bolsas internacionais através de Brazilian Depositary Receipts (BDRs). Segundo Daniel Jannuzzi, sócio e especialista em investimentos da Magnetis, o produto é o primeiro a combinar os ativos na composição.
Mercado Livre (MELI34), PagSeguro (PAGS34), Magazine Luiza (MGLU3) e Stone (STOC31) têm os maiores pesos na carteira do Índice de ações Tech Brasil ETF Fundo de Índice. Veja a composição:
Nome da Empresa | Código de Negociação | Preço de Abertura (R$) | Peso (%) |
Mercado Livre | MELI34 | 75.5 | 20 |
PagSeguro | PAGS34 | 56.8 | 18.67 |
Magazine Luiza | MGLU3 | 14.55 | 13.44 |
Stone | STOC31 | 190.01 | 13.14 |
Banco Inter | BIDI11 | 51.1 | 9.55 |
Totvs | TOTS3 | 36.77 | 5.79 |
Americanas | AMER3 | 32.03 | 5.73 |
Locaweb | LWSA3 | 23.36 | 3.3 |
Boa Vista | BOAS3 | 12.83 | 2.23 |
Infracommerce | IFCM3 | 17.05 | 1.33 |
Méliuz | CASH3 | 6.29 | 1.12 |
Cielo | CIEL3 | 2.37 | 0.89 |
Intelbras | INTB3 | 31.28 | 0.84 |
Sinqia | SQIA3 | 22.41 | 0.55 |
Bemobi | BMOB3 | 16.87 | 0.48 |
Modalmais | MODL11 | 17 | 0.48 |
ClearSale | CLSA3 | 24.7 | 0.44 |
Multilaser | MLAS3 | 7.84 | 0.44 |
Mosaico | MOSI3 | 12.62 | 0.28 |
Positivo | POSI3 | 10.62 | 0.27 |
Enjoei | ENJU3 | 4.68 | 0.24 |
Allied | ALLD3 | 19.6 | 0.19 |
Neogrid | NGRD3 | 4.71 | 0.17 |
Westwing | WEST3 | 4.8 | 0.17 |
CSU Cardsystem | CARD3 | 19.89 | 0.12 |
Banco Inter | BIDI3 | 16.83 | 0.11 |
Banco Inter | BIDI4 | 0 | 0 |
GetNinjas | NINJ3 | 0 | 0 |
Valid | VLID3 | 0 | 0 |
O fundo de índice tem taxa de administração de 0,60% ao ano e como público alvo o investidor em geral. Não taxa de performance.
O ETF de tecnologia ainda atuará ativamente no mercado de empréstimos de ações, gerando receita adicional para o fundo, ressaltou a gestora.
O administrador do fundo é o BTG Pactual (BPAC11) e o formador de mercado (market maker) — responsável por garantir ordens de compra e venda a preços adequados — é o Credit Suisse (C1SU34).
ETF de tecnologia mira capturar retornos robustos do setor
De acordo com a Magnetis, as companhias de tecnologia foram o motor de crescimento das bolsas norte-americanas e globais na última década, com o componente tech do índice S&P 500 subindo 555% nos últimos 10 anos, contra somente 214% ao excluir o setor.
“As empresas de tecnologia foram as principais geradoras de retorno nos últimos anos e serão cada vez mais relevantes na transformação digital que estamos vivenciando,” pontuou Luciano Tavares, CEO e fundador da Magnetis.
Na avaliação do executivo, apesar do crescimento, índices tradicionais brasileiros oferecem baixa exposição ao segmento, sendo dominados por empresas da “velha economia”, como bancos e produtoras de commodities.
“Diversas empresas de tecnologia estão preferindo abrir o capital nas bolsas norte-americanas (Nasdaq e NYSE), deixando muitos investidores de fora desta oportunidade. Com o ETF pudemos trazer mais esta opção de diversificação para o investidor brasileiro,” disse Tavares.