O Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3) aprovou o encerramento do programa de recompra de ações iniciado em agosto de 2021 e, juntamente com isso, criou um novo programa para adquirir até 40 milhões de ações.
Essa recompra de ações do Magazine Luiza representa 1,39% das ações em circulação (free float).
O novo programa terá duração de 18 meses, encerrando-se em 24 de agosto de 2024 e os recursos para a recompra virão, segundo a companhia, da reservas de lucro ou capital, dos resultado do exercício em andamento e/ou da geração de caixa.
No programa que se encerrou, o Magazine Luiza adquiriu 40 milhões de ações a um preço médio de R$ 16,14 por papel MGLU3.
Atualmente os papéis estão cotados a R$ 3,61.
Magazine Luiza cai na graça dos analistas
Enquanto o mercado estava receoso com os papéis das empresas do varejo, o Citi vai na contramão e promoveu a empresa de Luiza Helena Trajano.
Em relatório publicado na quinta (23), os especialistas do Citi mudaram a recomendação das ações do Magazine Luiza de neutra para compra, com um novo preço-alvo de R$ 5 (antes, era R$ 4,80).
Na visão dos analistas do Citi João Pedro Soares e Felipe Reboredo, agora é a hora de comprar MGLU3, mas existe um alto risco nessa operação: “Isso se deve principalmente ao cenário volátil e ainda incerto do setor, perfil de avaliação mais arriscado e sua maior dependência do ambiente do consumidor, igualmente incerto”.
Os especialistas não citaram nominalmente a Americanas, que encontra-se em recuperação judicial com dívidas que ultrapassam a casa dos R$ 40 bilhões.
Porém, a dupla ressaltou que a varejista de Luiza Helena Trajano “deve se beneficiar das mudanças que estão acontecendo na indústria após a ‘crise de crédito’ de um grande concorrente”.
Em nosso exercício mais recente, estimamos que o GMV do Magazine Luiza pode crescer cerca de 20% à medida que a empresa acumula market share, mas lembre-se de que esse processo pode não ser simples e podem haver alguns solavancos ao longo do caminho.
Com Estadão Conteúdo