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XP mantém visão negativa e reduz preço-alvo do Magazine Luiza (MGLU3) e das concorrentes

Magazine Luiza (MGLU3) reverte prejuízo e lucra R$ 27,9 milhões no 1T24

Magazine Luiza (MGLU3) Foto: Divulgação

Veja o último balanço da Magalu (MGLU3)

A XP Investimentos manteve, em relatório deste mês, sua visão para o varejo inalterada, seguindo com uma recomendação neutra para empresas como Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3).

A corretora mantém sua perspectiva de cautela para ações de varejistas mesmo que, nesse novo parecer, tenha revisado todos os modelos da cobertura e incorporando resultados recentes. A única exceção foi a Raia Drogasil (RADL3), rebaixada para neutra. As recomendações para Magazine Luiza, Americanas (AMER3) e Via estão inalteradas — também como neutras –, “frente ao potencial de valorização limitado”.

A XP cita “uma perspectiva macro mais atualizada, adotando uma postura mais conservadora para 2023 e um custo de capital mais elevado”.

Nesse aspecto, os preços-alvo de todos as empresas foram cortadas, especialmente em função do custo de capital mais elevado, fenômeno que é desencadeado pela alta na Selic (e também das projeções de um ciclo altista de juros ainda mais duradouro).

“Destacamos também onde estamos versus o consenso de mercado, sendo mais cautelosos com Natura (NTCO3) e nomes de e-commerce para 2022, e mais otimistas para 2023, mesmo após nossos cortes de estimativas”, diz a XP.

Veja a última análise da XP sobre Magazine Luiza

No seu parecer sobre o setor de e-commerce, especificamente, a corretora destaca que “apesar da forte queda do setor, ainda não recomendamos compra dos papéis de e-commerce por esperarmos uma dinâmica macro bastante desafiadora pela frente, tanto do ponto de vista de inflação (que deve se manter próxima a um patamar de duplo dígito ao longo do ano) como de taxa de juros“.

Além do custo de capital elevado, o IPCA de dois dígitos é citado como um driver negativo para empresas como Via e Magalu.

Mesmo que o IPCA tenha mostrado algum arrefecimento no acumulado de 12 meses em sua última leitura, a XP destaca que o conflito entre Rússia e Ucrânia e a continuidade de lockdowns na China devem contribuir para que a inflação siga elevada.

“Dessa forma, temos visto uma forte redução do poder de compra do brasileiro o que, aliado a um cenário de forte alta de juros, se traduz em uma demanda altamente fragilizada para bens de consumo, especialmente os discricionários e de preço médio mais alta”, analisa a XP.

“Nesse sentido, bens duráveis acabam sendo fortemente penalizados, sendo essa categoria uma das mais relevantes para todos os players de ecommerce, principalmente Magalu e Via“, acrescenta, em relatório.

A Americanas teve o preço-alvo reduzido de R$ 40 para R$ 21.  O Magazine Luiza (MGLU3) caiu de R$ 12 para R$ 4,50. E a Via foi de R$ 7 para R$ 3.

Desempenho de MGLU3, VIIA3 e AMER3

Desde o começo do ano, as ações da Via caem 52%, para R$ 2,36, ante 49% de baixa das ações das Americanas em igual período, negociadas a atuais R$ 15,64.

Já as ações do Magazine Luiza sofrem queda de 61% em 2022. Se considerados os últimos 12 meses, foram 88,2% de baixa, deixando os papéis cotados a R$ 2,62 no pregão desta sexta (8).

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