Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3): varejo deve continuar sofrendo com cenário macro

As empresas de varejo na Bolsa podem fechar 2021 na lanterna do Ibovespa. Até dezembro, esse é um dos setores que acumulam as maiores baixas, com destaque para Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3), cujas ações já desabaram perto de 65% e 75%, respectivamente. Seus pares não ficam muito atrás. Americanas perdeu mais de 60%; Lojas Renner (LRENJ3) caiu 25%. Isso tudo com breves hiatos no comportamento baixista, em que os papéis viram para o positivo, mas acabam não se sustentando.

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O vilão do setor varejista é o cenário macroeconômico, que produz a tempestade perfeita para o baixo consumo: inflação, juros altos, desemprego, somados às restrições causadas pela pandemia, que adicionam uma boa dose de insegurança à intenção de compra. E as expectativas para o próximo ano não colaboram, já que não se vislumbram sinais de mudança no horizonte parta empresas como Magazine Luiza, Via e Americanas.

Na opinião da responsável pela cobertura do setor de Varejo no BB-BI, Georgia Jorge, o que poderia ajudar o setor a reagir seria uma ancoragem das expectativas inflacionárias para 2022 e 2023, para gerar um cenário menos incerto quanto ao tamanho e duração do ciclo de aperto monetário. Afora isso, seria importante ter uma visão mais clara sobre a evolução da pandemia, que amenizasse as preocupações com a descoberta de novas variantes de modo que não trouxesse de volta os temores com restrição de mobilidade.

No contexto atual, entretanto, alguns segmentos do varejo devem se sair melhor que outros no curto e médio prazos. Nesse grupo estariam, por exemplo, o ramo alimentício, que é menos sensível a mudanças macroeconômicas, e o de vestuário, que vem sendo beneficiado pelo “consumo de vingança”, em virtude da reabertura da economia. Trata-se de um tipo de comércio que tem tíquete médio mais baixo e maior frequência de compra, quando comparado, por exemplo, a eletrônicos e eletrodomésticos, observa Rodrigo Crespi, da Guide Investimentos.

Também podem ser sair melhor os segmentos de nicho, como Centauro (CNTO3), que é voltado ao público esportivo; Lojas Renner, caracterizada por fast fashion e boa omnicanalidade; Alpargatas (ALPA4), que está diversificando a receita, não somente no mercado doméstico mas com cada vez maior participação internacional.

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E-commerce: números fracos

Na outra ponta estaria o e-commerce, que deve continuar a registrar números fracos em razão da base comparativa: no ano passado tiveram desempenho bom, acima de todo o setor, em razão do isolamento social e do custo do crédito ainda baixo naquele momento.

A concorrência com players estrangeiros é uma preocupação a mais, seja de asiáticos, como Alibaba (BABA34) e Shopee, ou do Mercado Livre (MELI34), que já tem posicionamento doméstico relevante, ou ainda Amazon, que vem implementando forte presença no mercado local, segundo Vitor Suzaki, do Banco Daycoval.

Ele afirma que as empresas vêm amargando redução de margens, pois estão usando o preço para garantir marketshare. E os trunfos do pré-pandemia, como frete grátis ou prazos menores, não são mais diferenciais.

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Além disso, algumas dessas empresas têm lojas físicas, que ainda enfrentam a restrição de consumo aliada ao aumento de despesas e custos, o que contribui também para uma perspectiva negativa. “Enquanto não se dissiparem estes problemas no curto prazo, haverá espaço para maiores desvalorizações das ações”, avalia Suzaki.

Com relação às recomendações da próxima semana a Ativa decidiu trocar toda sua carteira de Top Picks. Entraram BTG Pactual (BPAC11), Embraer (EMBR3), Yduqs (YDUQ3), GPA (PCAR3) e Raízen (RAIZ4) no lugar de 3R Petroleum (RRRP3), Bradespar (BRAP4), CSN (CSNA3), Lojas Renner, Magazine Luiza.

Magazine Luiza segue recomendada

O BB Investimentos substituiu Raia Drogasil (RADL3), Suzano (SUZB3) e Taesa (TAEE11), por Cogna (COGN3), Direcional (DIRR3) e Hypera (HYPE3), e manteve Localiza (RENT3) e Ultrapar (UGPA3).

Na carteira da Elite, apenas uma troca. Saiu Petrobras (PETR4) para entrar Movida (MOVI3). Permaneceram Inter (BIDI4), BTG Pactual, Cyrela (CYRE3) e Vale (VALE3).

A Guide manteve em sua carteira Apple (AAPL34), Bradesco, Petrobras e Vibra Energia (VBBR3) e trocou Ambipar (AMBP3) por Suzano.

A Mirae Asset deixou apenas Banco Inter e Ferbasa (FESA4)  na carteira. Saíram JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Weg (WEGE3), para entrar CSN, Indústrias Romi (ROMI3) e Santos Brasil (STBP3).

O ModalMais trocou sua carteira toda. Saíram BB Seguridade (BBSE3), Engie (EGIE3), IVVB11 ETF, Petrobras e Porto Seguro (PSSA3), e entraram Banco ABC Brasil (ABCB4), Banco do Brasil (BBAS3), Gerdau (GGBR4), Klabin (KLBN11) e Vale.

O MyCap substituiu Eletrobras (ELET3), Eztec (EZTEC3) e Usiminas (USIM5) por Banco Pan, Petrorio (PRIO3) e Simpar (SIMH3). Permaneceram GPA e Positivo (POSI3).

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A Órama tirou apenas Alliar (AALR3) da carteira, para colocar Banco ABC Brasil. Ficaram Energias do Brasil OM, Petrobras, Telefônica (VIVT34) e Unipar (UNIP6).

A XP manteve apenas Banco Pan. Retirou Ambev (ABEV3), Ambipar (AMBP3), Cesp (CESP6) e Magazine Luiza ON e inseriu BR Malls (BRML3), Marfrig ON, Rede D’Or (RDOR3) e Totvs (TOTS3).

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Redação Suno Notícias

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