“Tempestade perfeita” atinge Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3); entenda porquê ações dispararam no Ibovespa hoje

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) e da Via (VIIA3) foram atingidas por uma “tempestade perfeita” nesta segunda (13) e dispararam no Ibovespa hoje. Os papéis das varejistas fecharam o dia em alta de 9,12% e 12,09%, respectivamente.

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Com esse cenário, as ações do Magazine Luiza fecharam esta segunda sendo negociadas ao preço de R$ 3,71, enquanto os papéis da “mãe” da Casas Bahia custavam R$ 2,04.

Na última sexta (10), após as empresas apresentarem prejuízos milionários no balanço do quarto trimestre de 2022, essas mesmas ações fecharam o dia aos preços de R$ 3,40 e R$ 1,82, respectivamente.

Na visão do economista-chefe do Banco Alfa, Luís Otávio Leal, essa “tempestade perfeita” que beneficia os papéis das varejistas no Ibovespa hoje é a crise no Silicon Valley Bank (SVB) e seus desdobramentos.

“Parece uma tempestade perfeita para as empresas”, destacou o profissional em entrevista ao Suno Notícias.

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Crise no Silicon Valley Bank beneficia Magalu e Via

Na semana passada, as autoridades norte-americanas decretaram a falência do Silicon Valley Bank. A instituição financeira era um dos principais financiadores de startups e a sua falência torna-se a segunda maior da história do setor bancário dos Estados Unidos.

Com o aumento dos juros nos Estados Unidos, as empresas que eram clientes do SVB começaram a retirar dinheiro do banco de uma forma mais rápida do que a esperada pela instituição. Assim, além da queda do caixa, os novos investimentos na instituição foram sendo reduzidos ao longo dos últimos meses.

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De acordo com o economista, com o encerramento do SVB, dificilmente o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) aumentará os juros na reunião da próxima semana.

“É bem provável que o Fed Funds seja menor do que era antes e, consequentemente, esse empecilho para o Banco Central (BC) cair os juros vai ficar bem menos impactante”, comentou o profissional.

Assim, a equipe liderada por Roberto Campos Neto poderia ter um espaço para reduzir os juros brasileiros, que encontra-se atualmente em 13,75% ao ano.

Eu não acredito que os juros vão cair, mas já existem algumas indicações de que o BC pode começar a mudar o discurso.

“Apesar de achar que o BC não vai cair os juros, ele pode começar a indicar que existe essa possibilidade, o que não existia em fevereiro”, complementou o economista.

Uma hipotética redução nos juros beneficiaria varejistas como Magazine Luiza e Via, que apresentaram ao mercado seus balanços na semana passada com prejuízos milionários.

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Erick Matheus Nery

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