Magazine Luiza (MGLU3) tomba 24,6% em outubro; veja o que esperar
Outubro foi um mês duro para as empresas do Ibovespa, que derreteu 6,74%, e um dos destaques negativos do mês foi o Magazine Luiza (MGLU3). Os acionistas da empresa amargaram uma queda de 24,6% em outubro, em meio ao avanço da inflação e ao agravamento das dúvidas políticas e econômicas.
Com o tombo, as ações do Magazine Luiza acumulam em 2021 uma queda de 57% neste ano. Agora, os investidores aguardam os resultados trimestrais da companhia, que podem ajudar a reverter ou até agravar este quadro de desvalorização.
A empresa divulga seu resultado trimestral no próximo dia 11, após o fechamento do mercado, e os números guardam surpresas para os acionistas.
Isso porque os relatórios divulgados pelo mercado até o momento mostram que as expectativas dos analistas são divergentes para o Magazine Luiza. O BTG prevê prejuízo, enquanto a XP vê o lucro estável, e o consenso de mercado mostra um lucro menor do que um ano antes.
Confira as previsões para o balanço do Magazine Luiza
Segundo relatório do BTG, o consenso de mercado para o terceiro trimestre de 2021 do Magazine Luiza é de um lucro líquido de R$ 180 milhões, ante um lucro líquido de R$ 206 milhões um ano antes, recuo de 12,5%.
No terceiro trimestre de 2020, a empresa divulgou um lucro líquido de R$ 206 milhões, receita líquida de R$ 8,3 bilhões e Ebitda de R$ 546 milhões.
Já o BTG prevê um prejuízo do Magazine Luiza de R$ 25 milhões no terceiro trimestre de 2021. Mesmo assim, o BTG tem recomendação de compra para Magazine Luiza.
Veja o consenso de mercado para Magazine Luiza no 3TRI21, segundo o BTG
- Lucro líquido: R$ 180 milhões
- Receita líquida: R$ 9,6 bilhões
- Ebitda: R$ 571 milhões
Expectativa do BTG para Magazine Luiza
- Prejuízo: R$ 25 milhões
- Receita líquida: R$ 8,7 bilhões
- Ebitda: R$ 316 milhões
XP está mais otimista sobre resultado do Magalu e vê lucro estável
Ao mesmo tempo, a XP Investimentos espera um trimestre forte para a Magalu, com um crescimento do vendas brutas (GMV) total de 12% na comparação anual.
Enquanto isso, as lojas físicas devem reportar vendas mesmas lojas negativas em 7,3%, impactadas pela alta da inflação e demanda ainda fraca, mas a XP ainda espera uma receita bruta 13% acima de 2019.
Quanto à rentabilidade, a XP esperas uma pressão de margem bruta de 0,9 ponto porcentual na comparação anual, devido a maiores custos, enquanto a margem EBITDA deve vir em 4,3% (-2,2p.p A/A), impactadas por maiores despesas com marketing digital em meio ao cenário competitivo mais desafiador.
Por fim, esperamos um lucro líquido próximo ao equilíbrio, ou seja, sem grandes variações.
O Bank of America declarou, em relatório recente, que as empresas que atendem consumidores de baixa renda continuam a enfrentar pressões neste trimestre, e acrescentou que empresas de e-commerce, como Magazine Luiza e Mercado Livre, enfrentam uma dura concorrência.