Por que o Magazine Luiza (MGLU3) tombou nesta terça-feira no Ibovespa?
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) tombaram nesta terça-feira (23) no Ibovespa, com o mercado na expectativa para a assembleia ordinária e extraordinária prevista para ser realizada nesta quarta-feira (24), que pode deliberar sobre o grupamento de ações da companhia.
No fechamento, as ações MGLU3 caíram 5,88%, cotadas a R$ 1,44. No mesmo horário, outras companhias do setor de varejo caíam em bloco. Confira:
- Casas Bahia (BHIA3): -4,48%, a R$ 5,97;
- Arezzo (ARZZ3): -1,42%, a R$ 52,25;
- Grupo Soma (SOMA3): -1,91%, a R$ 6,17;
Cotação MGLU3
Segundo Pedro Coutinho, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, o movimento de queda do Magalu – assim como de outras empresas do setor – é explicado por alguns fatores. Um deles é a realização de alguns ativos cíclicos, que ainda sofrem com o cenário de juros menos previsível.
Além disso, diz o especialista, no caso de Magazine Luiza (MGLU3) em específico, o mercado especula que as ações da varejista podem sair do MSCI, índice internacional que reúne ações de todo o mundo, no próximo rebalanceamento que será divulgado em meados de maio.
“O mercado também reflete a discussão sobre o grupamento das ações da companhia na proporção de 10 para 1, que foi proposto pelo conselho de administração. A decisão deve sair nesta semana”, acrescenta Coutinho.
Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, explica que um possível grupamento de ações do Magazine Luiza não altera o patrimônio do investidor alocado na empresa e tem, entre outros objetivos, reduzir a volatilidade do papel da companhia. “O papel fica mais caro e a volatilidade fica menor”, explica.
Magazine Luiza deve registrar faturamento estável no 1T24, estima Safra
Em relatório divulgado na semana passada, o Safra projeta que o Magalu deve registrar um faturamento estável de R$ 9 bilhões no 1T24, ressaltando que o mercado continua difícil para eletrônicos e eletrodomésticos.
“O resultado positivo do 3P suporta a expansão esperada da margem bruta, que deve mais do que compensar as maiores despesas de SG&A [despesas de vendas, gerais e administrativas], levando a uma melhoria de 107 pontos-base na margem Ebitda anual, para 6,9%”, escreve o banco, que prevê um aumento anual de 18% no Ebitda da Magazine Luiza, para R$ 621 milhões.
Além disso, o Safra espera um prejuízo líquido de R$ 2 milhões para O Magazine Luiza no 1T24, ante prejuízo de R$ 258 milhões no 1T23, “devido ao melhor desempenho operacional e menores despesas financeiras relacionadas ao pré-pagamento de recebíveis”, acrescenta.