Em relatório recente sobre o Magazine Luiza (MGLU3), o BTG Pactual avaliou de forma positiva o balanço da companhia referente ao 1T24, divulgado na quinta-feira (9), com destaque para o lucro líquido revertendo as perdas de um ano antes. Para o banco, o “pior parece que já ficou para trás”.
No primeiro trimestre de 2024 (1T24), o Magazine Luiza (MGLU3) registrou um lucro líquido de R$ 27,9 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 391,2 milhões que tinha sido apresentado no mesmo período do ano passado – primeiro trimestre de 2023 (1T23).
No conceito ajustado, a companhia apresentou R$ 29,8 milhões de lucro – frente ao prejuízo de R$ 309 milhões de um ano antes. Segundo a varejista, parte desse resultado é atribuído ao aumento anual nas vendas totais, em cerca de 3,1%, somando R$ 16,02 bilhões.
Já o lucro líquido ajustado foi de R$ 29,8 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 309,4 milhões registrado em igual etapa do ano passado.
Em relatório, o BTG Pactual afirmou que o Magazine Luiza no 1T24 reportou um lucro líquido em meio a um cenário difícil para o comércio eletrônico, parcialmente compensado por uma tendência de melhoria em suas operações de lojas físicas (B&M).
Ainda de acordo com o banco, apesar da reintrodução do imposto DIFAL no início do ano passado – impactando negativamente a margem bruta do Magazine Luiza – o primeiro trimestre continuou a mostrar a tendência de melhoria dos trimestres anteriores, com a empresa repassando o efeito da maior carga tributária sobre os preços.
Os analistas esperavam que o balanço do Magalu ainda seria pressionado devido ao crescimento mais lento do GMV online – dada a sua exposição a mercados altamente cíclicos – além do impacto das altas taxas de juros nos resultados da Luizacred (divisão de financiamento ao consumidor da empresa).
“Mas o pior parece que já ficou para trás e o MGLU deverá se beneficiar de melhores condições macro (com efeitos encorajadores no 1T24), uma abordagem mais racional e sua multicanalidade para alavancar a operação do marketplace, enquanto a rentabilidade e o fluxo de caixa livre devem ser destaques positivos nos próximos trimestres”, pontuam os analistas Luiza Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima.
O BTG tem recomendação de ‘compra’ para as ações do Magazine Luiza, com preço-alvo a R$ 4,00.
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Em relatório, a XP afirmou que a Magazine Luiza divulgou um conjunto sólido de resultados do 1T, com um desempenho de receita líquida ainda moderado, mas melhorando a rentabilidade em ajustes comerciais e maior penetração de serviços.
Para o Santander, o Magalu reportou um trimestre neutro, com melhorias sequenciais na rentabilidade, atendendo em grande parte às estimativas do banco e do consenso de mercado. Ainda de acordo com o banco, as receitas ficaram amplamente alinhadas às suas expectativas e também as do consenso.
“O lucro líquido melhor do que o esperado pode ser atribuído em grande parte aos créditos fiscais diferidos, bem como ao inesperado benefício de subvenção do ICMS”, afirmam os analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo, sobre o balanço do Magazine Luiza.
O Santander tem recomendação ‘neutra’ para as ações de Magazine Luiza, com preço-alvo a R$ 2,30.
Apesar da análise positiva da maioria dos analistas, a ação fechou em queda de 8,38%, a R$ 1,53, no Ibovespa hoje: o Citi ponderou que as vendas do Magazine Luiza ficaram abaixo das estimativas do banco. Já o BTG anotou que as perspectivas da varejista não sinalização melhora para o ano.