Previsto para ser divulgado nesta quinta-feira (9), após o fechamento do mercado, o resultado do primeiro trimestre (1T24) do Magazine Luiza (MGLU3) deve apresentar um prejuízo na casa dos R$ 2 milhões, bem inferior aos R$ 391,2 milhões reportados no mesmo período do ano anterior, com melhora no Ebitda e estabilidade na receita.
No quarto trimestre de 2023, o Magazine Luiza (MGLU3) teve um lucro líquido ajustado de R$ 101,5 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 15,2 milhões do mesmo período do ano anterior.
Em relatório recente sobre o varejo, o Safra projeta que o Magalu deve apresentar um desempenho de receita estável no 1T24 – também impactado negativamente pelas condições macroeconômicas adversas –, mas um crescimento anual de 18% no Ebitda, impulsionado por uma margem bruta mais alta e um prejuízo líquido muito menor em relação ao 1T23.
A casa espera um prejuízo líquido de R$ 2 milhões para a Magazine Luiza no 1T24, ante perdas de R$ 258 milhões no 1T23, “devido ao melhor desempenho operacional e menores despesas financeiras relacionadas ao pré-pagamento de recebíveis”, acrescenta.
Ainda de acordo com o banco, o Magalu deve registrar um faturamento estável de R$ 9 bilhões no 1T24, ressaltando que o mercado continua difícil para eletrônicos e eletrodomésticos.
“O resultado positivo do 3P suporta a expansão esperada da margem bruta, que deve mais do que compensar as maiores despesas de SG&A [despesas de vendas, gerais e administrativas], levando a uma melhora de 107 pontos-base na margem Ebitda anual, para 6,9%”, escreve o banco, que prevê um aumento anual de 18% no Ebitda da Magazine Luiza, para R$ 621 milhões.
Itaú BBA sobre Magazine Luiza: foco em rentabilidade deve trazer bons frutos
Em relatório sobre as prévias de resultados do 1T24 para o setor varejista, analistas do Itaú BBA projetam que as vendas do Magazine Luiza devem crescer no período, e que o foco em rentabilidade também deve trazer bons frutos.
Para o 1T24 do Magalu, o Itaú BBA prevê um lucro líquido ajustado de R$ 2 milhões, ante prejuízo de R$ 391,2 milhões no mesmo período do ano passado.
Já a previsão para a receita líquida do Magazine Luiza no período é de R$ 9,5 bilhões, alta de 5% na comparação com o 1T23, “com a conclusão do repasse do imposto DIFAL e aumento das receitas de serviços”, enxerga o banco.
A projeção para o Ebitda da Magazine Luiza para o primeiro trimestre de 2024, segundo o Itaú BBA, é de R$ 665 milhões, aumento de 48,4% frente aos R$ 448 milhões registrados no 1T23, com a margem Ebitda crescendo 2,0 p.p (pontos percentuais) no período, a 7%.
A casa também prevê um crescimento de 5,4% no volume bruto total de mercadorias (GVM) online na base anual, chegando a R$ 11,9 bilhões, com aumento de vendas no canal 3P (marketplace) compensando o desempenho mais fraco no canal 1P.
“O canal 3P carrega maiores despesas operacionais como percentual da receita líquida, e este canal vem ganhando participação nas vendas totais”, escreve o Itaú BBA.
Crescimento mais lento do valor bruto de mercadorias online pode pressionar balanço do Magalu, diz BTG
Em geral, o banco avalia que no 1T24 o balanço do Magazine Luiza pode ser pressionado por alguns fatores, como crescimento mais lento do valor bruto de mercadorias (GMV) online, dada sua exposição a categorias altamente cíclicas – como eletrônicos e eletrodomésticos – implicando margens menores, além de fraco desempenho de lojas físicas (B&M).
Ainda de acordo com o BTG, os resultados do Luizacred – divisão de financiamento ao consumidor da empresa – pode ser impactado pela alta nas taxas de juros. O banco também alerta para um alto custo de captação para descontar recebíveis, o que pode atingir os resultados financeiros do Magazine Luiza.
“No entanto, o Magazine Luiza deve se beneficiar de melhoras condições macro (com efeitos positivos em 2024), uma abordagem mais racional para tomar taxas e seu modelo de negócios multicanal para alavancar a operação de marketplace, enquanto lucratividade e fluxo de caixa livre devem ser destaques positivos nos próximos trimestres”, escrevem os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima.
Desempenho das ações de Magazine Luiza
No mês, as ações de Magazine Luiza sobem 0,72%, enquanto no ano, os papéis caem 38,92%.
Cotação MGLU3
