Magazine Luiza (MGLU3) na mínima do ano; saiba o que esperar

Em um dia majoritariamente negativo para a bolsa brasileira, na segunda-feira (6), com retração de 0,82% no Ibovespa aos 110 mil pontos, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) figuraram como a 4ª maior baixa da bolsa, com queda de 5,29%, sendo a pior cotação do ano.

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Desde que o ano começou, as ações da Magazine Luiza caíram 49%, a R$ 3,40. Desse modo, a cotação de MGLU3 no acumulado de 12 meses tem uma desvalorização de 83,6%.

Cotação do Magalu. Foto: StatusInvest
Cotação do Magalu. Foto: StatusInvest

O movimento de baixa nos papéis dá continuidade à deterioração de empresas de varejo e de tecnologia, que costumam ser mais penalizadas em um contexto como o atual  – de alta na inflação alta e com um ciclo altista de juros.

Positivo (POSI3), Méliuz (CASH3) e Americanas (AMER3) figuraram, assim, em conjunto com a Magazine Luiza na ponta negativa do Ibovespa. Sobre o contexto, a maioria dos analistas ainda cita um descolamento do exterior.

“A semana passada foi muito agitada, com dados relevantes como o PIB, aqui, e o payroll nos Estados Unidos. O descolamento do exterior tem ocorrido já há alguns dias, às vezes com o Ibovespa andando à frente do que se viu lá fora. Então é natural um ajuste, sem grandes novidades na sessão”, analisa Rodrigo Natali, estrategista-chefe da Inv.

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O especialista frisa que exportadoras e empresas mais sólidas seguem com um cenário estável e com bom desempenho, ante uma baixa em empresas de consumo e de menor capitalização.

Além disso, o noticiário americano afetou o pregão, segundo o analista Pedro Galdi, da Mirae Asset. Apesar de indicadores favoráveis, o dia foi de realização de lucros e de piora para o varejo.

“Em nossa opinião, os juros mais altos em 2022 devem desaquecer as vendas do varejo e postergar os investimentos de expansão e/ou redução das operações de fusões e aquisições. Após auferir bons resultados no período do Dia das Mães, acreditamos que o varejo vai desacelerar ao longo do ano, de forma que investidores poderão promover uma rotação de setores no mercado de ações”, afirma.

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Magazine Luiza despencou 11% logo após resultado frustrante

Na metade de maio, ao divulgar o seu resultado financeiro, as ações da Magazine Luiza caíram 11% em um só pregão, dado que o crescimento da empresa foi pressionado pelo cenário macro e uma forte queima de caixa de R$ 3,6 bilhões, apesar de a rentabilidade ter tido sinais de melhora.

A XP Investimentos destacou resultados mistos no trimestre, dados os R$ 100 milhões de prejuízo líquido ajustado. Apesar de citar a desaceleração e o cenário macro desfavorável, a corretora espera:

  • Que a margem EBITDA continue melhorando, com a rentabilidade de março já em 6,5%
  • O cenário macro deve continuar desafiando a demanda por bens duráveis, enquanto a base de comparação de 2021 deve favorecer a aceleração do varejo físico
  • A dinâmica de capital de giro deve melhorar, uma vez que a companhia possui um nível de estoques mais saudável
  • Caravana Magalu, adição de produtos frescos e o início do serviço de fulfillment podem ser alavancas para o crescimento do 3P

Ainda assim, a cautela com os papéis segue, dada a desvalorização intensa. Com isso, a XP segue com recomendação neutra para Magazine Luiza com preço-alvo de R$ 12,00 – o que representa uma valorização de mais de 250% ante os patamares atuais.

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Eduardo Vargas

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