Magazine Luiza (MGLU3): novo serviço de nuvem pode melhorar rentabilidade, diz Itaú BBA

Em relatório divulgado na última terça-feira (12), o Itaú BBA destacou que o novo serviço de armazenamento em nuvem do Magazine Luiza (MGLU3), o Magalu Cloud, lançado naquele dia, tem potencial para melhorar a rentabilidade da companhia – mas depende de uma implementação bem-sucedida no mercado nacional.

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A casa lembra que o Magazine Luiza utiliza serviços em nuvem há mais de 10 anos e que já gastou mais de R$ 1 bilhão neste período. Cerca de 80% da carga de trabalho da empresa está armazenada na nuvem e, segundo o Itaú BBA, a varejista conseguiu migrar 30% de sua base para a nova divisão.

“Essa transição gerou poupanças de custos na nuvem de 35% da empresa, considerando apenas o custo associado a 30% da sua carga de trabalho. O primeiro ano em que devemos observar o impacto desses cortes em uma base anual será 2024”, afirma o Itaú.

Ainda de acordo com o relatório, a empresa também planeja transferir 50% de sua carga de trabalho para o Magalu Cloud até o final de 2025.

“Para além das considerações financeiras, ter um serviço de nuvem próprio permitirá ao Magalu tornar essa tecnologia mais acessível a micro e pequenos empreendedores que enfrentam diversos desafios para tirar proveito dessa tecnologia, como investimento inicial alto, pagamentos deduzidos em dólar, além de assistência técnica e suporte em inglês”.

O Itaú BBA apontou, também, que entre 50% a 60% do investimento do serviço de nuvem do Magazine Luiza será direcionado para a área de infraestrutura, assim como serviço (IaaS, na sigla em inglês). O setor pode gerar receitas de R$ 27,5 bilhões até 2025, lembra o banco.

Ainda segundo a instituição, o Magazine Luiza afirma que o Magalu Cloud oferece planos entre 70% a 30% mais baratos que os concorrentes. Entre os desafios que a empresa deve enfrentar no lançamento do serviço estão a atração, retenção e desenvolvimento de talentos para lidar com a tecnologia.

Magazine Luiza (MGLU3): conheça o novo serviço de nuvem para baratear custos de pequenas e médias empresas

O Magazine Luiza lançou na última nesta terça-feira (12) seu serviço de armazenamento em nuvem, a Magalu Cloud, para apoiar a digitalização de pequenas e médias empresas (PMEs). O objetivo da varejista é oferecer preços mais acessíveis, uma vez que as opções disponíveis no mercado para digitalização são indexadas ao dólar. 

Atualmente, Google (GOGL34), Amazon (AMZO34) e Microsoft (MSFT34) são algumas das companhias que atuam no segmento no Brasil e ganham competitividade por sua escala. 

De acordo com o diretor da Magalu Cloud, Christian Reis, o serviço deve baratear em 30% a 75% os custos das empresas que utilizam serviço de nuvem. Com a solução, o Magazine reduziu em 35% seus custos. 

nuvem do Magalu vai operar por meio de data centers próprios em duas regiões: na Grande São Paulo e a outra na região de Fortaleza, no Ceará. Segundo a empresa, todos os recursos gerenciados pela Magalu Cloud são hospedados integralmente em infraestrutura física que está sob seu controle, desde data centers a equipamentos de rede.

Dessa forma, o Magalu Cloud oferecerá armazenamento, computação, rede, banco de dados, firewalls (sistema de segurança) inteligência artificial, entre outros. No entanto, a empresa irá focar inicialmente em uma lista mais limitada de serviços. 

“Temos que ser o mais barato do mercado, é algo obsessivo nosso. A ideia não é pisar no mercado, mas trazer todos juntos, parceiros e fornecedores “, afirma Reis.

O Magazine Luiza não deu detalhes dos investimentos no projeto. “Se tudo der errado, vou ter uma ‘cloud’ barata e complementar a dos meus concorrentes internacionais, mas estou confiante”, disse o CEO, Frederico Trajano.

Para Trajano, a nuvem do Magalu, que vem sendo desenvolvida desde 2020, é fruto do empoderamento que a empresa deu ao time de desenvolvedores da companhia. 

Magazine Luiza (MGLU3) é uma das varejistas indicadas por analistas para 2024

Em relatório divulgado no início da semana, o BB Investimentos indicou que, além de ser referência no consumo de bens duráveis com boa execução operacional, o Magazine Luiza deve ser favorecido em 2024 pela continuidade do ciclo de redução da taxa de juros no Brasil. A casa recomendou outras duas varejistas, consideradas “preferidas do setor”, para o ano que vem.

No texto, os analistas Victor Penna e Wesley Barnabé destacam que a Magalu tem se esforçado para monetizar sua operação e aumentar suas margens operacionais, em um momento de forte pressão sobre os resultados em função de um cenário menos propício para o consumo de bens duráveis.

A varejista, dizem eles, se empenhou em simplificar sua estrutura e impulsionar a plataforma de marketplace do Magalu, reduzindo o tíquete médio das vendas.

“Em nossa visão, a melhoria do cenário de concessão de crédito e inadimplência deve impulsionar a venda de bens duráveis, que passou por uma ressaca nos últimos anos após o boom de consumo durante a pandemia. Com isso, esperamos que a Magazine Luiza reporte crescimento de receita e ganho de alavancagem operacional ao longo de 2024, favorecendo a valorização das ações da companhia, as quais também se beneficiarão da redução da taxa de desconto e do fechamento da curva longa de juros”, avaliam.

BB Investimentos pontua, ainda, que em 2023, as companhias varejistas foram impactadas negativamente pela cobrança do Difal (diferencial de alíquota do ICMS), com a necessidade de repasse desse custo aos consumidores ao longo do ano, o que impactou a margem bruta da Magazine Luiza no primeiro semestre.

“Essa pressão, contudo, deixa de impactar os resultados em 2024 do Magazine Luiza, haja vista o repasse ser concluído ainda neste ano”, acrescentam.

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Desempenho das ações do Magazine Luiza

Cotação MGLU3

Gráfico gerado em: 14/12/2023
1 Dia

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Giovanni Porfírio Jacomino

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