Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3) têm preço-alvo cortado pelo Morgan Stanley
Os analistas do Morgan Stanley, em um único parecer, cortaram o preço-alvo do Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Via (VIIA3).
O preço-alvo do Magazine Luiza agora é de R$ 4 (anteriormente era R$ 6,50), ao passo que a Americanas tem preço-alvo de R$ 20 (ante R$ 31) e a Via, de R$ 2,50 (R$ 3,50).
Essa mudança na perspectiva para as varejistas vem logo antes da divulgação dos resultados das mesmas. O resultado do Magazine Luiza será divulgado no dia 11 de agosto, mesmo dia que a Via e a Americanas divulgam seu 2T22.
Os analistas da casa revisaram suas projeções com base nos movimentos recentes do setor, com retrações no Volume Bruto de Mercados (GMV, na sigla em inglês).
Além disso, o IPCA de dois dígitos e o ciclo altistas de juros – fatores que influenciam a queda de 60% de MGLU3 em 2022 – também são levados em conta.
A recomendação é de equal weight (EW) para as três ações de empresas de varejo. O rótulo é equivalente a uma recomendação neutra, ao passo que “overwieght” seria para compra e “underweight” para venda.
O consenso de analistas da Bloomberg estima que, no 2T22, o Magazine Luiza tenha R$ 463 milhões de Ebtida mas feche o trimestre ainda no vermelho.
Veja as projeções para o resultado do Magazine Luiza no 2T22
- Receita Líquida de R$ 9,5 bilhões
- Ebitda de R$ 463 milhões
- Prejuízo Líquido de R$ 86 milhões
- Margem Ebitda de 6,5%
- Margem líquida de 2,1%
Os dados do consenso Bloomberg apontam para um prejuízo de R$ 21 milhões por parte da Americanas, com Ebitda de R$ 996 milhões e R$ 7,8 bilhões em receita.
Já para a Via, a projeção é de R$ 115 milhões de prejuízo no resultado do 2T22, com R$ 632 milhões de Ebitda e R$ 8,1 bilhões gerados em receita.
XP Investimentos espera resultado fraco
Projetando um prejuízo de R$ 128 milhões – pior do que o consenso – a XP tem recomendação neutra para as ações do Magazine Luiza.
Os analistas esperam um “resultado fraco, dado o cenário macroeconômico desafiador”.
Os analistas citam que o ambiente é desfavorável para demanda de eletrônicos e bens duráveis, segmentos que ainda são a grande parte do GMV do Magalu.
“Como resultado, esperamos que o GMV total cresça 3% no comparativo anual, com o canal online em alta de 4% (1P caindo -5% e 3P crescendo +25%), enquanto as lojas físicas devem apresentar vendas mesmas lojas negativas, em retração de 4%, por conta do macro deteriorado”, afirmar os especialistas Fernando Ferreira, Jennie Li e Rebecca Nossig.
“Quanto a rentabilidade, a margem bruta cresça 2,7p.p, com a companhia otimizando os subsídios comerciais e implementando aumento de preços, enquanto o EBITDA deve permanecer estável A/A por conta da menor alavancagem operacional do canal físico. Como resultado, esperamos um prejuízo de R$128mi. Por fim, destacamos que a empresa deve reportar uma geração de caixa positiva no trimestre, beneficiada pela antecipação do pagamento à fornecedores no 1Q”, seguem.
Os papéis do Magazine Luiza caem 86% no acumulado dos últimos 12 meses, com mínima de R$ 2,13 nas últimas 52 semanas, ao passo que a cotação máxima nesse período foi de R$ 20,97, segundo dados do Status Invest.