Apesar do Ibovespa ter renovado máximas históricas em 2024, diversos papéis do índice apresentam quedas expressivas no acumulado do ano.
A Azul (AZUL4), que teve uma retração intensa recentemente – atrelada a um rumor de recuperação judicial – figura como a maior queda do Ibovespa na janela, com retração de 71%.
Além disso, outras companhias mais sensíveis a juros também estão dentre as maiores baixas do Ibovespa, dado que o mercado paulatinamente vem revisando suas projeções de Selic para cima, com a tese de juros básicos de um dígito nos próximos meses caindo por terra.
Nesse contexto, varejista e educacionais figuram na ponta negativa do índice, como o Magazine Luiza (MLGU3) e a Cogna (COGN3), que caem 43% e 61%, respectivamente.
As baixas vem a despeito de alguns resultados considerados sólidos divulgados recentemente.
“O Magazine Luiza apresentou sólidos resultados no segundo trimestre, com um desempenho ainda moderado, mas receita acelerando e rentabilidade melhor, em cima de ajustes de preços e maior penetração de serviços”, disse a XP sobre o último resultado trimestral da varejista.
Algumas companhias atreladas ao minério de ferro também figuram na ponta negativa do índice, dado que a commodity sofreu diversos solavancos na sua cotação nos últimos meses, em um cenário de maior ceticismo acerca da economia chinesa.
Com projeções de desaceleração e um mercado imobiliário menos aquecido, a cotação do minério de ferro chegou a perder o patamar de US$ 100 recentemente – cenário que foi revertido em seguida, mas exibe um contexto desfavorável para empresas do segmento.
Nesse cenário a CSN (CSNA3) é o principal destaque negativo, com queda nas ações de 37% no acumulado de 2024.
Maiores quedas do Ibovespa em 2024
- Azul: 71%
- Cogna: 61%
- Yduqs: 55%
- CVC: 44%
- Magazine Luiza: 43%
- Companhia Siderúrgica Nacional (CSN): 37%
- MRV: 34%
- Localiza: 34%
- Usiminas: 31%
- Cosan: 29%
- Carrefour: 28%
Desempenho do índice
O índice – que teve sua carteira atualizada hoje – opera em queda de 0,9% nesta segunda-feira (2), por volta das 14h, aos 134.731 pontos.
No ano, o Ibovespa acumula alta de 1,5%, contudo, com uma renovação das máximas históricas recentemente.
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