Luiza Helena Trajano deixou a lista dos bilionários da revista Forbes, publicada na última terça (4). O movimento ocorre após um ano difícil para economia brasileira e, também, para as ações do Magazine Luiza (MGLU3). Nos últimos doze meses, os papéis desabaram 50,45% na Bolsa brasileira.
Em 6 de abril de 2022, as ações do Magazine Luiza eram negociadas por R$ 6,62. No fechamento desta quarta (5), o papel tinha o preço de R$ 3,28.
Cotação mglu3
Além de Luiza Helena Trajano, nomes como Guilherme Benchimol (XP), Pedro de Godoy Bueno (CEO da Dasa) e Rubem Menin (MRV Engenharia, Banco Inter e CNN Brasil) saíram do seleto ranking.
Na contramão destes empresários, a lista de bilionários da Forbes passou a ser liderada no Brasil por Vicky Safra, viúva de Joseph Safra (1938-2020), com um patrimônio de US$ 16,7 bilhões.
Com isso, Vicky Safra ultrapassa Jorge Paulo Lemann, que ocupava o ‘trono’ nas edições mais recentes do ranking de bilionários.
O ranking segue com Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira entre os cinco mais ricos do Brasil, sendo ambos membros do 3G Capital, junto com Lemann. Além da operação no 3G, os empreendedores são acionistas de referência da Americanas (AMER3). A varejista enfrenta uma crise histórica sem precedentes e entrou em recuperação judicial com dívidas bilionárias.
Contudo, Lemann mantém uma fortuna pessoal de quase US$ 16 bilhões, tendo participação societária em negócios como a AB InBev e a Kraft Heinz.
Veja o ranking de bilionários brasileiros, segundo a Forbes
- Vicky Safra e família – US$ 16,7 bilhões
- Jorge Paulo Lemann e família – US$ 15,8 bilhões
- Marcel Hermann Telles – US$ 10,6 bilhões
- Eduardo Saverin – US$ 10,2 bilhões
- Carlos Alberto Sicupira e família – US$ 8,6 bilhões
- Alexandre Behring – US$ 5,2 bilhões
- André Esteves – US$ 4,7 bilhões
- João Moreira Salles – US$ 4,1 bilhões
- Walther Moreira Salles Júnior – US$ 4,1 bilhões
- Jorge Moll Filho e Família – US$ 3,9 bilhões
Luiza Trajano vai ao STF contra tributação do varejo
Na semana passada, Luiza Trajano foi pessoalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir a retomada da cobrança de alíquotas (Difal) do ICMS. O julgamento está marcado para o próximo dia 12 de abril, na cúpula do Poder Judiciário, em Brasília.
Desde o ano passado, empresas e Estados travam uma batalha sobre a data de retomada da cobrança em cima do comércio eletrônico das varejistas. No encontro, a presidente do conselho de administração do Magazine Luiza e os demais representantes das varejistas defenderam que uma parcela significativa dos Estados tiveram superávit no ano passado. Além disso, afirmam que isso deve se repetir em 2023, com a retomada da cobrança do ICMS sobre os combustíveis.