A primeira sexta-feira de 2024 é tradicionalmente marcada pela queima de estoque de várias varejistas, como a Magazine Luiza (MGLU3), que realiza hoje a “Liquidação Fantástica” pelo 31º ano consecutivo.
A liquidação do Magazine Luiza tem descontos de até 80%, que são válidos para as 1,3 mil lojas físicas, aplicativo e site. Para 2024, a liquidação da Magalu deve usar computação gráfica e inteligência artificial para suas ativações de mídia. Estão previstas, também, ações de divulgação de preços no Instagram, TikTok e Facebook.
Quem também quer zerar os estoques neste início de ano é a Casas Bahia (BHIA3). As lojas físicas e on-line da companhia têm diversos produtos em promoção, como as TVs – categoria em que a marca é líder de vendas no Brasil.
Nesta sexta-feira, a liquidação da Casas Bahia também promete frete grátis para alguns itens e parcelamento em até 30 vezes no cartão, em até 24 vezes no carnê digital ou físico (para começar a pagar em 60 dias), além de desconto extra para quem paga a compra com Pix.
Desde a quinta-feira (4), a Centauro, controlada pelo Grupo SBF (SBFG3) promove a liquidação “Leve Tudo”, enquanto durarem os estoques. Os descontos chegam a 75% para calçados femininos e masculinos, chuteiras, vestuários feminino e masculino, acessórios, vestuário de futebol e outros.
Magazine Luiza (MGLU3) é uma das varejistas indicadas por analistas para 2024
Em relatório divulgado no mês passado, o BB Investimentos indicou que, além de ser referência no consumo de bens duráveis com boa execução operacional, o Magazine Luiza deve ser favorecido em 2024 pela continuidade do ciclo de redução da taxa de juros no Brasil. A casa recomendou outras duas varejistas, consideradas “preferidas do setor”, para o ano que vem.
No texto, os analistas Victor Penna e Wesley Barnabé destacam que a Magalu tem se esforçado para monetizar sua operação e aumentar suas margens operacionais, em um momento de forte pressão sobre os resultados em função de um cenário menos propício para o consumo de bens duráveis.
A varejista, dizem eles, se empenhou em simplificar sua estrutura e impulsionar a plataforma de marketplace do Magalu, reduzindo o tíquete médio das vendas.
“Em nossa visão, a melhoria do cenário de concessão de crédito e inadimplência deve impulsionar a venda de bens duráveis, que passou por uma ressaca nos últimos anos após o boom de consumo durante a pandemia. Com isso, esperamos que a Magazine Luiza reporte crescimento de receita e ganho de alavancagem operacional ao longo de 2024, favorecendo a valorização das ações da companhia, as quais também se beneficiarão da redução da taxa de desconto e do fechamento da curva longa de juros”, avaliam.
O BB Investimentos pontua, ainda, que em 2023, as companhias varejistas foram impactadas negativamente pela cobrança do Difal (diferencial de alíquota do ICMS), com a necessidade de repasse desse custo aos consumidores ao longo do ano, o que impactou a margem bruta da Magazine Luiza no primeiro semestre.
“Essa pressão, contudo, deixa de impactar os resultados em 2024 do Magazine Luiza, haja vista o repasse ser concluído ainda neste ano”, acrescentam.
Nesta quinta-feira (4), as ações ordinárias de Magazine Luiza caíram 3,50%, a R$ 1,93. Os dados são do Status Invest.