Com a apresentação dos números do primeiro trimestre de 2023 (1T23), as ações do Magazine Luiza (MGLU3) protagonizaram um pesadelo na terça (16) e registraram sua maior queda diária desde o IPO: 22,83%. Contudo, para o investidor que pensa no longo prazo, agora é uma boa hora para comprar as ações da varejista?
Nesta quarta (17), os papéis da varejista encerraram o Ibovespa em queda de 0,59%, a R$ 3,36.
De acordo com o mapeamento do Status Invest, o preço-alvo médio das ações do Magazine Luiza está em R$ 4,49. Sete analistas recomendam que o investidor aguarde, enquanto quatro profissionais indicam uma “compra forte” desses papéis.
O Suno Notícias coletou recomendações de sete casas sobre o que fazer com as ações do Magalu. Confira:
MGLU3 | BTG | Itaú BBA | BB-BI | UBS-BB | Genial | Goldman Sachs | Santander |
Recomendação | Compra | Market Perform (equivalente à Neutro) | Compra | Neutro | Manter (equivalente à Neutro) | Neutro | Neutro |
Preço-Alvo | R$ 7 | R$ 3,20 | R$ 4,20 | R$ 3,80 | R$ 5 | R$ 4,40 | R$ 2,80 |
Magazine Luiza no Ibovespa
Nos últimos doze meses, as ações da varejista de Luiza Trajano apresentaram uma queda de 9,41%. Contudo, desde o início deste ano, os papéis já subiram 29,7%.
Cotação MGLU3
MGLU3 no 1T23
Veja os principais números do balanço do Magazine Luiza no 1T23:
- Receita líquida: R$ 9.067,3 bilhões, alta de 3,5% ante 1T22;
- Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 448 milhões, alta de 3,2% ante 1T22;
- Resultado líquido ajustado: prejuízo de R$ 309,4 milhões (no 1T22, o prejuízo foi de 98,8 milhões).
Sem os ajustes, o prejuízo líquido chega na casa dos R$ 391,2 milhões. O Consenso Bloomberg projetava um prejuízo de R$ 62 milhões, enquanto casas como BTG, Itaú BBA e Genial Investimentos previam números negativos entre R$ 176 milhões a R$ 190 milhões.
Os analistas da Genial Investimentos Iago Souza, Vinicius Esteves e Nina Mirazon resumiram o balanço do Magazine Luiza no 1T23 como “assustador”.
“Os números do 1º trimestre de 2023 do Magazine Luiza se consolidaram bem abaixo de nossas expectativas, com menor crescimento de receita e maior pressão na margem Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) a/a – impactado pelo carrego negativo do DIFAL ICMS em margem bruta e menor diluição de despesas operacionais“, destacaram os especialistas.
Um dos motivos para o prejuízo do Magazine Luiza no 1T23 foi a volta do DIFAL — quando uma mercadoria é tributada tanto na origem como no destino. “Em relação à lucratividade, a margem bruta foi o ponto negativo, com uma queda de 40bps em relação ao ano anterior devido à reintrodução do DIFAL, que foi parcialmente compensada por aumentos de preços durante o trimestre, além de receitas de serviços com aumento de 34% em relação ao ano anterior devido a taxas mais altas”, escreveram os analistas da XP Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt.
O time do Itaú BBA, capitaneado por Thiago Macruz, já projetava essa reação negativa nas ações do Magazine Luiza após os números do 1T23. “O resultado final ficou abaixo de nossa estimativa conservadora devido a um resultado financeiro mais pesado, com maiores descontos de recebíveis”, reforçaram os especialistas.