Magazine Luiza (MGLU3): Goldman Sachs reconhece riscos, mas recomenda compra

Embora todos os riscos sejam claros e verdadeiros, o Goldman Sachs continua otimista com o Magazine Luiza (MGLU3). O banco de investimento reiterou a recomendação de compra das ações da varejista após um encontro com a diretoria da empresa.

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Nos últimos dois meses, os papéis do Magazine Luiza caíram 36%. No mesmo período, o Ibovespa recuou 12%, ao passo que a concorrente Via (VIIA3) tombou 40%. Alguns pontos explicam esse movimento do mercado. São eles:

  • Fortalecimento da renda fixa com a alta da Selic;
  • Investidores em busca de ações de valor em detrimento a crescimento;
  • Preocupações com a concorrência no Brasil;
  • Desaceleração econômica pode impactar a demanda.

“Embora reconheçamos a base de comparação de curto prazo exigente, acreditamos a trajetória de crescimento do Magalu continua atraente”, diz o banco.

O preço-alvo não mudou, ficando em R$ 25 para os próximos 12 meses, perfazendo um potencial valorização de 73,8%.

O preço leva em consideração os múltiplos atrativos na visão do banco. Atualmente, as ações MGLU3 negociam a 1,3 vez o GMV estimado pelo Goldman para 2022. A média histórica de 12 meses é que os papéis negociem a 2 vezes.

Isso faz o Magazine Luiza ser cotado no mesmo patamar de 2018, mesmo com o avanço operacional e de abertura do mercado, com o desenvolvimento do e-commerce no Brasil.

Lojas físicas e expertise logística ajudam desenvolvimento do Magazine Luiza

Embora as atenções referentes ao Magalu estejam voltadas ao marketplace e o aplicativo com uma série de serviços, o Goldman Sachs destacou a importância das lojas físicas da empresa.

Segundo o relatório divulgado pelo banco, a varejista está utilizando suas mais de 1,3 mil unidades físicas para “atrair, integrar e treinar pequenos varejistas”, preparando-os para o universo on-line de sua plataforma.

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A “abordagem hiperlocal”, com o aumento do inventário disponível em sua plataforma, permite que a empresa alavanque sua solução de última milha do vendedor para entrega de produtos diretamente aos clientes, reduzindo tempo de entrega e custos de envio.

A pauta de aquisições do Magalu entra neste universo justamente com o papel de melhorar as soluções de mercado para os investidores. Nos últimos dois anos, foram realizadas 20 compras de empresas que agregaram na operação da varejista de alguma forma.

Por volta das 11h10 desta quinta-feira, as ações do Magazine Luiza subiam 3,30%, para R$ 14,40. A empresa vale R$ 93,03 bilhões na B3.

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Jader Lazarini

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