O Magazine Luiza (MGLU3) confirmou, na manhã desta quinta-feira (15), que fará uma oferta subsequente de ações (follow-on). A operação pode movimentar até R$ 4,58 bilhões, considerando a distribuição total. A informação foi divulgada por meio de um fato relevante.
O montante leva em consideração o preço de fechamento das ações do Magazine Luiza na última quarta-feira (14), de R$ 22,93. A oferta restrita consistirá na distribuição primária de 150 milhões de papéis, que pode ser acrescida em 33%, ou 50 milhões de ações.
Segundo a varejista, os recursos líquidos serão destinados para “investimentos em ativos de longo prazo”. São eles:
- Expansão de logística, incluindo automação e novos centros de distribuição;
- Investimentos em tecnologia, inovação, pesquisa e desenvolvimento;
- Aquisições estratégicas.
Mais cedo, o Brazil Journal reportou que a empresa liderada por Frederico Trajano visa captar os recursos para fazer uma compra de grande porte. A aquisição daria o suporte para as compras dos últimos meses de menor porte, como fintechs e plataformas de tecnologia.
O procedimento de bookbuilding e o início de subscrição prioritária começam hoje, terminando no dia 22 de julho. As novas ações passarão a ser negociadas na B3 no dia 26 de julho.
A empresa, seus administradores e os acionistas controladores se comprometeram com um lock-up de 90 dias, contados a partir da data de fixação do preço por ação, no dia 22 de julho.
A operação será coordenada por Itaú BBA, BTG Pactual (BPAC11), Bank of America, JP Morgan, Bradesco BBI, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Santander (SANB11), UBS e XP.
Crescimento inorgânico do Magazine Luiza
Nesta manhã, o Magalu também informou que comprou o site de e-commerce KaBuM!. Trata-se da maior aquisição da história da varejista, e envolverá a mistura do pagamento de R$ 1 bilhão em dinheiro, mais ações e bônus.
Nos últimos 12 meses, o KaBuM! superou a marca de R$ 3,4 bilhões em receita bruta. No mesmo período, o site obteve um lucro líquido de R$ 312 milhões.
Segundo a empresa, o negócio “reforça o pilar estratégico de novas categorias, com um sortimento extremamente complementar ao atual e com enorme potencial de crescimento”. Essa visão já é demonstrada há algum tempo.
Na última semana, a varejista concluiu a aquisição da startup Juni Marketing Digital, através da sua controlada Luizalabs. A startup é especializada na otimização da taxa de conversão de vendas para e-commerce.
No dia anterior, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tinha aprovado, sem restrições, a aquisição da plataforma Bit55, de processamento de cartões de crédito e débito na nuvem do Banco BS2, pelo Magazine Luiza. Os valores não foram revelados.
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