Prejuízo ou recuperação? O que esperar de Magazine Luiza (MGLU3) e varejistas no 2T22

Após mais um dia de queda do Magazine Luiza (MGLU3) no Ibovespa hoje (22), o que esperar dos ativos e de outras empresas de varejo e e-commerce? Veja o que os analistas têm a dizer sobre os possíveis resultados do setor no segundo trimestre de 2022 (2T22).

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A XP Investimentos espera que as plataformas de e-commerce, como Magazine Luiza, Via (VIIA3) e Americanas (AMER3), tenham uma dinâmica similar aos resultados do primeiro trimestre deste ano. Ou seja:

  • Recuperação do varejo físico;
  • Enfraquecimento do canal online de estoque próprio (1P); e
  • Desaceleração de crescimento do marketplace (3P) — devido ao cenário macro desafiador, base de comparação desafiadora e ajuste de canais frente à normalização do consumo fora de casa.

“Esperamos que as companhias apresentem recuperação de margens, decorrente de um ambiente competitivo mais racional e mix de canais, mas ainda com prejuízo por causa de margens ainda apertadas e aumento de despesas financeiras devido à alta de juros”, diz o relatório da corretora.

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Para os analistas da Genial Investimentos, a dinâmica esperada para o setor de varejo continua sendo de margens pressionadas, “com as empresas buscando monetizar suas estruturas de forma a aliviar os gastos com despesas e promoções no período. As vendas de produtos de linha branca continuarão a ser um detrator de margens nesse trimestre”, apontam os analistas.

Magazine Luiza

Especificamente para Magazine Luiza, que vem perdendo valor de mercado sem descanso desde o início do ano (no fechamento desta sexta-feira, a empresa já caiu 57,44% desde o começo de 2022), a XP espera resultados fracos para o 2T22 da empresa, “dado que o cenário macro continua sendo um desafio para a demanda de eletrônicos/bens duráveis, que ainda são a grande parte de seu GMV (volume bruto de mercadoria).”

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“Como resultado, esperamos que o GMV total cresça +3% no ano a ano, com o canal online crescendo 4% contra o 2T21 (1P caindo -5% e 3P crescendo +25%), enquanto as lojas físicas devem apresentar vendas mesmas lojas negativas, com -4% na base anual, por conta do macro deteriorado”, afirma o texto.

Sobre rentabilidade, a XP espera crescimento de margem bruta em 2,7 pontos percentuais, com otimização de subsídios comerciais e implementação de aumento de preços. O Ebitda do Magazine Luiza, por sua vez, deve ficar estável na comparação de base anual, já que haverá menor alavancagem operacional no canal físico.

A XP também projeta um prejuízo líquido de R$ 128 milhões. Mas “a empresa deve reportar uma geração de caixa positiva no trimestre, beneficiada pela antecipação do pagamento a fornecedores”, aponta.

A projeção do Banco Safra não diverge muito das menções acima. A expectativa é de que a receita líquida do Magazine Luiza alcance R$ 8,7 bilhões, redução de 4% no ano a ano, enfraquecido pela queda em vendas em 1P e lojas físicas.

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“Esperamos uma melhora de 0,5p.p. na margem Ebitda (5,5% no trimestre) à medida que a empresa ajustou preços, estoques e colocou foco na rentabilidade no trimestre, resultando em um Ebitda projetado de R$ 482 milhões, um aumento de 6%”, ressalta o relatório do Safra.

Espera-se, por fim, um prejuízo líquido de R$ 104 bilhões, com despesas financeiras a continuar pressionadas pela alta taxa de juros.

Cotações

A ação de Magazine Luiza fechou essa sexta-feira (22) em queda de 4,98%, cotada a R$ 2,86. A Via caiu 4,56%, a R$ 2,51. E a Americanas recuou 5,91%, para R$ 15,93.

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Victória Anhesini

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