Magazine Luiza (MGLU3): crescimento justifica recomendação de compra, diz BB Investimentos
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) recuam mais de 35% no ano, enquanto o Ibovespa cai 9%. A disparidade negativa dos papéis da varejista, explicada pela rotação do mercado com a reabertura da economia, não se justifica, segundo o BB Investimentos.
O banco de investimento recomenda compra das ações da empresa, com preço-alvo de R$ 22,90. Com base na cotação atual, o upside é de 41% para as ações do Magazine Luiza.
Por mais que existam desafios à frente, como na manutenção das margens, as avenidas de crescimento justificam tal valuation.
“A capacidade da Magazine Luiza de manter forte crescimento de vendas em diferentes cenários é o que, ao nosso ver, a diferencia das demais companhias do setor”, diz a analista do banco, Georgia Jorge.
“Claro que esse crescimento não veio sem um pedágio cobrado sobre as margens. Ainda assim, a companhia entregou um semestre rentável mesmo sem as lojas operarem em situação de normalidade.”
A revisão do preço, com a manutenção do rating para o Magalu, foi acompanhado de diversos investimentos alinhados aos vetores estratégicos da empresa. O banco elenca:
- Crescimento exponencial do marketplace;
- Entrada de novas categorias de produtos;
- Desenvolvimento do SuperApp;
- Evolução da velocidade de entrega;
- Desenvolvimento do MaaS (Magalu as a Service).
A revisão do preço tem como premissa o crescimento do Volume Bruto de Mercadorias (GMV, na sigla em inglês). neste ano após a incorporação dos resultados do primeiro semestre deste ano.
“Em 2022, apesar de esperarmos um crescimento menor de vendas no canal on-line próprio (1P), mas dependente de produtos cíclicos como móveis e eletroeletrônicos, revisitamos o crescimento do marketplace, diante das diversas iniciativas visando ao incremento de sellers.”
Portanto, a tese de investimento no Magazine Luiza, segundo o BB Investimentos, está baseada na “capacidade da companhia em combinar crescimento elevado a margens saudáveis”, além do desenvolvimento de uma estrutura logística omnicanal, que abrem espaço para oportunidades no e-commerce.
Por outro lado, os riscos estão associados aos resultados das aquisições que estão sendo realizadas, além da capacidade de atrair bons sellers e na incapacidade de alavancar e rentabilizar a operação do MagaluPay, a solução financeira oferecida pela empresa.
Cotação do Magazine Luiza
Os papéis da varejista recuam neste pregão. A cotação do Magazine Luiza atinge R$ 16,22 no início da tarde desta segunda-feira, com uma queda de 2,11%. A empresa vale R$ 108,25 bilhões na B3.