Magazine Luiza (MGLU3): Citi eleva preço-alvo, mas segue sem recomendar ações
Na contramão da maioria dos analistas, que ainda veem riscos para o varejo no cenário macroeconômico atual, o Citibank escreveu um novo relatório sobre os papéis do Magazine Luiza (MGLU3), elevando o preço-alvo para R$ 5. No parecer anterior, a casa mirava R$ 3, levemente abaixo da cotação atual.
As ações do Magazine Luiza, vale lembrar, caem 73% no acumulado de 12 meses. Apesar disso, têm tido uma melhora nas últimas semanas, com 10% de alta nos últimos 30 dias.
“Estamos começando a nos preparar para uma eventual melhora macroeconômica, mas preferimos ter mais clareza sobre a sustentabilidade de vendas de eletrônicos e de produtos de consumo antes de revisitar nossa tese”, dizem os analistas do Citi.
A recomendação para os papéis MGLU3, assim, foi mantida em neutra, apesar do otimismo ter aumentado.
O banco estima despesas estáveis e que, mesmo com juros altos, não há muito o que a gestão da varejista possa fazer no momento.
Já a projeção para a receita da companhia foi de R$ 37,4 bilhões para o acumulado de 2022, ante R$ 43 bilhões para o ano seguinte. A margem bruta foi estimada em 27,6% neste ano e em 27,7% no ano de 2023, com projeções mais otimistas do que o último relatório.
Apesar dos números, os analistas do banco explicam que a recomendação neutra para os papéis do Magazine Luiza foi mantida por conta de:
- Uma valorização recente dos papéis, deixando menor folga para o upside e reduzindo o prêmio ante os pares
- Comissão e margens ainda relativamente apertadas, dado o aumento da concorrência em solo nacional
- Mix do volume de vendas (GMV) ainda focado em produtos eletroeletrônicos e vinculados ao consumo, sendo um segmento que sofre mais em tempos de inflação elevada
Indicadores de Magazine Luiza
Segundo dados do Status Invest, a empresa segue com o múltiplo de preço sobre lucro em patamar negativo, de -504. Já o EV/EBITDA segue em 35,34, ante 30,38 de preço sobre Ebitda.
Nesse contexto, os papéis do Magazine Luiza estão cotados a R$ 4,47, em um histórico recente de alta volatilidade, com 82 no indicador do Status Invest ante 20 do Ibovespa.