Magazine Luiza (MGLU3): acionistas convocam assembleia sobre CEO, após pedido de fundadores do Kabum; ações caem no Ibovespa
O Magazine Luiza (MGLU3) convocou para o próximo dia 29 de maio uma assembleia para deliberar sobre um pedido feito pelos irmãos fundadores do Kabum, para abertura de ação de responsabilidade contra o diretor-presidente da companhia, Frederico Trajano. As ações da companhia caem nesta segunda-feira (6) no Ibovespa.
No intradia, as ações MGLU3 caíam 0,64%, cotadas a R$ 1,57.
Cotação MGLU3
Thiago Camargo Ramos e Leandro Camargo Ramos – fundadores do Kabum e titulares de 1,02% do total de ações do Magazine Luiza – alegam que Trajano cometeu fraude contábil que resultou em um ajuste acumulado no patrimônio líquido de R$ 829,5 milhões.
No pedido de convocação, anexado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os irmãos afirmam que “após o início das atividades de integração das companhias, alertaram Trajano e outros diretores da companhia de uma deficiência grave no controle contábil de estoque”.
Além disso, segundo os irmãos, “Frederico Trajano, para obter satisfação de um desejo pessoal de vingança contra os irmãos Ramos, deliberada e intencionalmente fez com que a companhia deixasse prescrever e perecer em definitivo um crédito fiscal, reconhecido por sentença transitada em julgado, no valor de aproximadamente R$ 40 milhões”.
Ainda na carta, Trajano nega as acusações e diz que se tratam de “mentiras, falsas acusações e calúnias”, as quais “não servirão, em hipótese alguma, para que os antigos controladores do Kabum obtenham qualquer tipo de vantagem indevida, em prejuízo da companhia”.
“Ao constatarem o fracasso de cada tentativa de desestabilizar e caluniar quem eles julgam contrários aos seus interesses, partem para outra, nunca cacofonia sem qualquer eco. A verdade se impôs até agora – e se imporá mais uma vez”, acrescenta Trajano.
Vale lembrar que a Kabum foi vendada ao Magazine Luiza em 2021. Em julho de 2023, os irmãos entraram com requerimento para abertura de arbitragem contra a varejista, na Câmara de Comércio Brasil Canadá, sob a alegação de que supostos conflitos de interesse teriam resultado em danos financeiros para os dois.