Magazine Luiza (MGLU3): Brasil é o único a flexibilizar medidas no pico da pandemia
O CEO do Magazine Luiza (MGLU3), Frederico Trajano, disse, em teleconferência com jornalistas nesta terça-feira (26), que o “Brasil é o único país do mundo que está flexibilizando as medidas de segurança enquanto os casos do novo coronavírus (Covid-19) ainda estão aumentando”.
“O protocolo era esperar duas semanas sem alta e daí sim abrir. Mas isso ainda não ocorreu aqui”, disse Trajano. O executivo, inclusive, informou que o Magazine Luiza não irá reabrir todas as lojas em um primeiro momento e que irá fazer uma avaliação própria sobre quais locais estão mais preparados para essa reabertura.
Segundo o CEO, a varejista possui um modelo próprio e deve se basear nisso para tomar decisões.
“Temos nosso modelo, nossa metodologia, para tomar nossas decisões de abrir ou fechar as lojas”, disse Trajano. “Acho que ainda é muito cedo para baixar a guarda em relação ao controle da pandemia. Por isso, vamos usar nosso modelo”, afirmou.
Digital do Magazine Luiza avança, mas lucro líquido despenca
No primeiro trimestre deste ano, as vendas totais da varejista aumentaram 34%, alcançando R$ 7,7 bilhões. O Magazine Luiza destacou, em seu balanço divulgado na noite da última segunda-feira (25), que “as vendas do e-commerce cresceram 72,6% no 1T20, comparado ao crescimento do mercado de 23,8% (E-bit), e representaram 53,3% das vendas totais”.
No e-commerce tradicional, as vendas cresceram 47,5% e o marketplace contribuiu com vendas adicionais de R$1,2 bilhão, crescendo 184,8% e representando 30,1% do e-commerce total.
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O CEO do Magazine Luiza também afirmou aos jornalistas que a pandemia deve fazer com que as demais empresas do setor acelerem a importância do e-commerce.
“Acho que é óbvio que mais empresas vão migrar para o digital. É uma necessidade, as lojas precisam melhorar isso. Mas a nossa empresa vem investindo em digital há 20 anos. Temos uma departamento robusto há 20 anos, crescendo há 13 trimestres”, disse.
No entanto, o lucro líquido durante os três primeiros meses deste ano foi de R$ 30,8 milhões, uma queda de 76,7% frente ao mesmo período de 2019. A margem líquida da empresa, por sua vez, caiu para 0,6%, ante 3,1% do mesmo intervalo do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou uma queda de 15,9%, saindo de R$ 395,4 milhões para R$ 332,6 milhões. A receita líquida do Magazine Luiza, entretanto, cresceu 20,9%, para R$ 5,2 bilhões.