Já na reta final do mês de março o Brasil passa pelo pior momento da pandemia de covid-19, com restrições decretadas nos principais centros urbanos do País. O cenário, na análise do Goldman Sachs, não se mostra muito diferente do registrado um ano antes. O banco, portanto, disse continuar a ter uma visão positiva para o setor de e-commerce, com Magazine Luiza (MGLU3) e Mercado Livre (MELI34) no centro dos holofotes. [Baixe agora o relatório gratuito de MGLU3].
Frente à nova onda de covid-19 os analistas do Goldman Sachs enxergam líderes no modelo de marketplace horizontal, como o Magazine Luiza e o Mercado Livre, bem posicionados para se beneficiarem da “virada digital contínua em várias categorias”.
“Acreditamos que quanto mais longas as restrições e/ou as taxas elevadas de covid-19 continuarem a limitar a mobilidade, maior probabilidade de certos novos padrões de consumo se tornarem mais profundamente enraizados”, destacou o banco norte-americano em relatório.
Para os analistas, a migração para compras online em 2020 em uma gama de categorias deve se manter conforme o desenvolvimento continua a tirar entraves do processo.
Competição e avenida de crescimento
Segundo a instituição financeira, o e-commerce no Brasil deve crescer 31% neste ano, atingindo um montante de 176 bilhões em Volume Bruto de Mercadorias (GMV, na sigla em inglês), com uma penetração de 12% no mercado de varejo total.
Nesse sentido, Magazine Luiza e Mercado Livre, que estão “construindo ecossistemas diferenciados com tendências positivas nos KPIs em relação ao crescimento do usuário, engajamento e experiência de realização” devem se sagrar vencedores.
Mas não só eles, B2W (BTOW3) e Lojas Americanas (LAME4), que anunciaram recentemente uma fusão de negócios, também entram no páreo.
“Esperamos que a competição entre os players líderes no segmento de e-commerce do Brasil continue a se intensificar em 2021”, avaliou o Goldman Sachs. “Com a virada digital ainda em estágios relativamente iniciais, acreditamos que uma estratégia focada no crescimento faz sentido, especialmente se a flexibilidade financeira e as capacidades operacionais estiverem em vigor e se o caminho para a geração de fluxo de caixa sustentável estiver claro.”
Para este ano, o banco projeta uma liderança do Magazine Luiza em termos de ganhos de participação, atingindo 23%, à frente da B2W e Mercado Livre.