Magazine Luiza (MGLU3): BB-BI corta preço-alvo com recrudescimento de medidas contra covid
O BB Investimentos cortou o preço-alvo para Magazine Luiza (MGLU3) com base na incorporação dos resultados referentes ao quarto trimestre e no ajuste de premissas em meio a novos fechamentos de lojas físicas, mostra relatório do banco de investimentos desta segunda-feira (12).
Em 2020, o volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) do Magazine Luiza totalizou R$ 43,5 bilhões, 59,6% superior na comparação anual. O impulso foi resultado da expansão das vendas nos canais online, tanto tradicional quanto do marketplace. As vendas em lojas físicas cresceram um modesto 0,6% ante 2019, refletindo o impacto das medidas de restrição.
Os investimentos (Capex) realizados ao longo do ano passado somaram R$ 543,8 milhões, 1,2% do GMV total, percentual inferior ao apurado em 2019, de 1,9%, devido a menores investimentos em abertura de lojas dadas as incertezas trazidas pela pandemia.
Com isso, a margem bruta ficou em 25,8%, 2,2 pontos percentuais abaixo da registrada no ano anterior, em razão da queda das vendas do canal online tradicional na receita total. Enquanto isso, a margem Ebitda caiu 1,9 ponto percentual para 5,0%, impactada pelos investimentos em nível de serviço.
BB Investimentos revisa preço-alvo de Magazine Luiza para 2021
Em vista disso, de acordo com o relatório, o BB-BI revisou o preço de ações do Magazine Luiza contemplando:
- a incorporação dos resultados referentes ao quarto trimestre de 2020;
- novos fechamentos de lojas físicas ao longo do primeiro trimestre de 2021, impactando as vendas nas lojas físicas;
- crescimento menos intenso do canal online tradicional,dado o menor impacto positivo proveniente do auxílio emergencial, mas fortalecimento das vendas do marketplace,com a exploração das novas categorias;
- pressão sobre a margem Ebitda ajustada decorrente dos investimentos realizados para robustecer o ecossistema Magalu.
A equipe de análise cortou o preço-alvo para 2021 de R$ 34,70 par R$ 27,10, com manutenção da recomendação de compra.
“Apesar da elevação da taxa de desconto, bem como recrudescimento das medidas contra a covid-19 terem reduzido nosso preço-alvo para o final de 2021, os fundamentos do Magazine Luiza não se alteraram, não justificando a queda acentuada do papel observada desde o início do ano em nossa opinião. Por essa razão, e tendo em vista o potencial de valorização de 25,1% frente ao preço corrente, mantemos nossa recomendação de compra.”