Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3): varejo avança com festas e Black Friday no radar
Nesta terça-feira (9), o bloco das empresas de varejo dispara com força no Ibovespa. Empresas como Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3), Via (VIIA3) e Lojas Renner (LREN3) avançam mais de 5%, destoando do movimento de queda visto nesses papéis nas últimas semanas.
O cenário macroeconômico que prejudica o segmento de varejo continua o mesmo: inflação alta, juros altos, taxa de desemprego em dois dígitos. O que mudou para Magazine Luiza e companhia foi a sazonalidade, indicam especialistas, com a chegada das festas de final de ano.
Além disso, Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo, também indica que, para as empresas de varejo mais fortes no e-commerce, como Americanas e Magazine Luiza, a mudança na curva de juros também influencia no avanço da cotação no Ibovespa hoje.
“Estamos vendo hoje tanto o juros mais curto recuando, quando o mais longo, com vencimento para janeiro de 2031. Isso beneficia o setor porque o custo de capital sobre o lucro das empresas fica mais atrativo”, diz.
Por volta das 14h45, a cotação das varejistas era a seguinte no Ibovespa:
- Magazine Luiza (MGLU3): +11,07%
- Americanas (AMER3): +9,08%
- Via (VIIA3): +7,41%
- Lojas Americanas (LAME4): +7,41%
- Lojas Renner (LREN3): +6,07%
- Natura (NTCO3): +5,78%
- Petz (PETZ3): +7,09%
Final de ano, hora de o varejo brilhar
Felipe Vella, analista técnico da Ativa Investimentos, aponta para o desconto que o bloco de varejistas apresenta nesse momento. Desde o início da pandemia, as empresas do setor de varejo perderam bastante valor e ele indica que, em algum momento, essa virada iria acontecer.
“Chegamos ao momento do ano em que a Black Friday já está aí, assim como as festas de final de ano e o décimo terceiro salário. E, diferentemente do observado no ano passado, o risco do coronavírus atualmente é muito menor, indicando que as compras presenciais devem ser destaque neste ano”, diz Veçça.
Ele conclui: “Apesar do contexto de crise, existe ainda uma demanda reprimida por consumo no Brasil, que deve refletir nas festas de final de ano.”
O especialista indica que o mercado está bastante otimista em relação ao quarto trimestre das empresas de varejo neste ano e o movimento de compra de continuar nos próximos dias, porém menos acentuado.