Magazine Luiza (MGLU3): ação deve continuar pressionada no curto prazo, dizem analistas

O Magazine Luiza (MGLU3) divulgou os resultados do 3T22 na quinta-feira (10). A varejista registrou prejuízo líquido de R$ 166,8 milhões, revertendo o lucro líquido do 3T21. O núimero foi impactado pelo aumento nas despesas financeiras frente às taxas de juros mais elevadas.

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Para a XP Investimentos, os fracos resultados do Magazine Luiza no 3T22 ocorreram em meio a uma dinâmica desafiadora de receita e fluxo de caixa livre negativo.

A recomendação da casa para as ações do Magazine Luiza é “neutra”, com o preço-alvo de R$ 4,5.

O desempenho de bens duráveis do Magazine Luiza deve se manter pressionado frente ao cenário macro desafiador e taxas de juros mais altas, pressionando o poder de compra e apetite por financiamentos dos consumidores, diz a XP.

A XP avaliou que o prejuízo líquido ajustado de R$ 146 milhões do Magalu também foi impactado — além pelas despesas — pelo desempenho negativo da Luizacred explicado por um maior nível de inadimplência.

Os especialistas da casa destacaram que:

  • o Magalu liberará gradativamente todos os pagamentos aos vendedores por meio de sua conta digital, com cashback de 1% nas compras pelo cartão;
  • o Magazine Luiza aumentou os estoques para atender a demanda sazonal da Copa do Mundo e do 4º trimestre: e
  • a empresa já implementou a sua operação de fulfillment, projeto em que os parceiros do marketplace podem armazenar seus produtos (leves e pesados) em três de seus centros de distribuição.

BTG vê melhora na lucratividade

O BTG Pactual esperava os resultados fracos do Magazine Luiza. Entretanto, os analistas viram melhora na lucratividade, que tem tendência de fluxo de caixa saudável.

Os analistas têm recomendação de “compra” para os papéis, com o preço-alvo de R$ 7.

Para os analistas, o balanço do Magalu refletiu a frágil base de comparação de e-commerce do ano passado e as condições de mercado mais difíceis.

Além disso, a operação de lojas físicas foi novamente impactada por pressões inflacionárias e uma menor demanda por eletrônicos e eletrodomésticos.

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O BTG acredita que a ação do Magazine Luiza vá continuar volátil nos próximos meses, apesar da queda de 46% no acumulado do ano.

A pressão no ativo durante o curto prazo, segundo o banco, se deve ao:

  • crescimento mais fraco do GMV online, apesar dos ventos favoráveis para categorias altamente cíclicas como eletroeletrônicos, eletrodomésticos e baixa (mas crescente) penetração do negócio 3P no GMV online;
  • fraco desempenho da operação de lojas físicas que continuam a gerar desalavancagem operacional;
  • impacto das taxas de juros ainda elevadas no Brasil (levando a maior inadimplência nos próximos trimestres) nos resultados da Luizacred; e
  • maior custo de captação para descontar os recebíveis, impactando o resultado financeiro e o lucro líquido.

Cotação do Magazine Luiza

As ações do Magazine Luiza fecharam o pregão desta sexta-feira (11) em queda de 13%, cotadas a R$ 3,46. O mau resultado veio com a repercussão do balanço da empresa no 3T22.

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Ana Clara Macedo

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