Outro baque? Magazine Luiza (MGLU3) deve aumentar prejuízo no 3T23 em 9%, para R$ 182 milhões, estimam analistas
Previsto para ser divulgado na próxima segunda-feira (13), depois do fechamento do mercado, o resultado do terceiro trimestre da Magazine Luiza (MGLU3) deve ser negativo, ainda refletindo um cenário macroeconômico adverso, expectativas menores de crescimento em relação aos últimos meses, além da alavancagem elevada.
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Em relatório, analistas do BTG Pactual pontuaram não haver dúvidas de que as varejistas estão altamente correlacionadas com o cenário macroeconômico e que o terceiro trimestre deverá mostrar uma tendência mais fraca do setor varejista do que a esperada em comparação com as expectativas de alguns meses atrás.
Para o BTG, o 3T23 do Magazine Luiza deve apresentar um prejuízo líquido de R$ 182 milhões no terceiro trimestre, acima do consenso de perdas de R$ 171 milhões. No mesmo período de 2022, a empresa havia apresentado um prejuízo de R$ 166,8 milhões e, no 2T23, prejuízo de R$ 198,8 milhões.
Para o terceiro trimestre deste ano, o BTG projeta que a receita líquida da Magazine Luiza chegue a R$ 8,424 bilhões, abaixo do consenso de receita de R$ 8,813 bilhões. No mesmo período do ano passado, a varejista registrou R$ 8,8 bilhões no indicador.
Já em relação ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda da Magazine Luiza, o BTG espera que o indicador chegue a R$ 500 milhões, abaixo do consenso de R$ 529 milhões. O BTG espera, ainda, que a margem Ebitda do Magazine Luiza chegue a 5,9%, aumento de 30 pontos-base na comparação anual
O banco espera, ainda, que o volume geral de vendas (GMV, na sigla em inglês) online do Magazine Luiza cresça 7% no 3T23, implicando em uma adição de R$ 725 milhões.
Varejistas estão focadas em rentabilidade e preservação de caixa, diz BTG
De acordo com projeções do banco de investimentos para o trimestre do Magalu, ao todo, “o faturamento do setor deve aumentar 5% na base anual, com Ebitda subindo 2% na mesma comparação, apesar dos esforços para otimizar custos e adotar preços mais racionais, enquanto custos de financiamento maiores devem prejudicar os resultados financeiros”.
No caso do comércio eletrônico em específico, o BTG enxerga três tendências para as varejistas, caso da Magazine Luiza:
- Crescimento mais fraco do volume geral de vendas (GMV, na sigla em inglês), refletindo menor renda disponível e restrições de capital;
- Foco na lucratividade e preservação de caixa;
- Maior consolidação do mercado entre alguns players, um processo que deverá acelerar devido a um top down desfavorável.
Magazine Luiza: piora do cenário macroeconômico e alta alavancagem são pontos de atenção, diz Santander
Em relatório, o Santander pontuou que o fraco impulso dos lucros dos últimos trimestres continue durante a temporada de balanços para empresas como o Magazine Luiza, dado que o consumo ainda permanece pressionado pelas condições macroeconômicas.
Segundo o banco, não são esperados gatilhos positivos ou melhorias operacionais, nem previsão de qualquer melhoria significativa no humor dos investidores.
Ainda no caso do Magazine Luiza, o Santander listou alguns pontos de atenção:
- Piora do cenário macroeconômico, levando a um crescimento de vendas e recuperação de margem mais lenta do que o esperada;
- Concentração em categorias de bens duráveis como eletrônicos/linha branca em lojas físicas e e-commerce;
- Concorrência no segmento de mercado 3P, levando à deterioração da rentabilidade;
- Alta alavancagem e encargos com despesas financeiras que limitam as oportunidades de investimento.
Desempenho das ações da Magazine Luiza
Cotação MGLU3