Maduro dissolverá Parlamento nesta segunda-feira, afirma Guaidó
O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, divulgou um vídeo, no último domingo (11), afirmando que o ditador Nicolás Maduro pretende dissolver o Parlamento nesta segunda-feira (12).
De acordo com Guaidó, a Assembleia Nacional Constituinte (ANC), integrada apenas por apoiadores de Maduro, convocaram uma sessão extraordinária para aprovar a dissolução. O presidente interino afirmou que essa medida é “quase irregular” e que a ação é uma “nova loucura da ditadura”.
“No dia de amanha (nesta segunda), eles (chavismo) pretendem dissolver o Parlamento, convocar ilegalmente eleições parlamentares e, inclusive, perseguir maciçamente deputados”, informou Guaidó.
Além disso, o opositor denunciou o possível ataque à comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos. O presidente interino afirmou que prepará uma “ofensiva política” contra o ditador.
Ademais, Guaidó contrariou a fala de Maduro, a respeito do bloqueio sobre os bens estatais da Venezuela ser o motivo da crise econômica do país. Ele ressaltou que essa medida foi imposta devido a corrupção de Nicolás. “Isso é uma sanção contra Maduro por corrupção”, informou.
#Venezuela. https://t.co/bGLZjxXuCq
— Juan Guaidó (@jguaido) August 12, 2019
EUA impõem sanções econômicas contra Maduro
O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou na noite da última segunda-feira (5), uma ordem que congelou todos os ativos do regime de Nicolás Maduro.
“Todos os bens e interesses em bens do Governo da Venezuela que se encontram nos EUA estão bloqueados e não podem ser transferidos, pagos, exportados, retirados nem negociados de outra maneira”, informa o texto da medida.
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De acordo com o presidente, essa medida provisória é justificada pela “continuada usurpação do poder por parte de Maduro” e pelos “abusos contra os direitos humanos, incluindo a detença arbitrária ou ilegal”.
Dessa forma, a Venezuela entrou na lista reduzida de países sujeitos a tais restrições pela Casa Brancos, como:
- Coreia do Norte;
- Irã;
- Síria
- e Cuba.
Os Estados Unidos foram o primeiro dentre os 50 países a reconhecerem Juan Guaidó, chefe do Parlamento, como presidente interino da Venezuela.
Além disso, o país norte-americano estuda remanejar dinheiro enviado para América Central ao país venezuelano para apoiar a oposição contra Nicolás Maduro.