“Macri transmitiu as prioridades do governo para os próximos meses”, diz ministro da Argentina
Hérnan Lacunza, o novo ministro da Fazenda da Argentina, conversou nesta segunda-feira (19) com jornalistas após se reunir com o presidente da Argentina, Maurício Macri, pela primeira vez pós-nomeação, as informações foram divulgadas pelo jornal Valor Econômico.
O cargo de Ministro da Fazenda da Argentina, deve ser ocupado oficialmente por Hernán na terça-feira (20). Lacunza disse que Macri “transmitiu as prioridades do governo para os próximos meses”.
O agora ex-ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, se retirou no cargo no sábado (17), argumentando em carta que em função das circunstâncias, o atual presidente necessitaria fazer uma significativa renovação na Economia.
Dujovne não apoiou internamente o presidente nas medidas populistas, anunciadas na semana passada, que visavam alavancar a popularidade de Macri após sua derrota nas prévias da eleição na Argentina.
Além disso, Dujovne foi o responsável pela articulação com o acordo de empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2018, o valor de US$ 57 bilhões não foi bem recebido pela população.
Para analistas, o pacote populista anunciado por Macri pode aumentar o déficit fiscal, contrastando com a política de alcançar “déficit primário zero”, que o ex-ministro vinha conduzindo.
Agora, Hernán Lacunza terá logo na próxima semana, a tarefa de receber a delegação do FMI que é encarregada de indicar a liberação do último desembolso de cerca de US$ 5 bilhões da linha de crédito assinada em 2018.
Renegociação da dívida da Argentina com o FMI é a única solução
O candidato à presidência, Alberto Fernández, afirmou nesta segunda-feira (19), que o acordo firmado pelo atual presidente da Argentina, Maurício Macri, para o acerto de dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), é “difícil de cumprir.”
Saiba mais: Argentina: Fernández diz que dívidas com o FMI são difíceis de cumprir
Segundo Fernandéz, que venceu nas prévias eleitorais da Argentina, Macri necessita renegociar com a instituição os adiantamentos dos pagamentos previstos para os anos seguintes.
Ao jornal “La nación”, o candidato de esquerda disse que a renegociação da dívida da Argentina de US$ 57 bilhões “é a única solução”.