O vice-presidente de investimentos e controladoria e diretor de relações com investidores da M. Dias Branco (MDIA3), Gustavo Lopes Theodozio, afirmou que a companhia manterá a estratégia de crescimento orgânico e que está atenta às oportunidades de fusão e aquisição. A informação foi divulgada nessa segunda-feira (10) quando o executivo participava de uma teleconferência com analistas de mercado.
Na ocasião, Theodozio ainda apontou que “a Piraquê já é a segunda maior marca da M. Dias Branco e estamos trabalhando para se tornar uma marca nacional”. Vale destacar que a companhia adquiriu a marca Piraquê em meados de 2018.
Por sua vez, o diretor de novos negócios da companhia, Fabio Cefaly, destacou que “temos crescido de forma muito sustentável. Não foi uma melhora de um trimestre, mas é um trabalho feito desde maio de 2018. Estruturalmente, a Piraquê deve ter uma margem Ebitda melhor do que a da M. Dias Branco, porque sua margem bruta é maior e o preço é maior do que o mix da empresa. O que tem surpreendido é a capacidade de crescimento em todo”, comentando sobre os resultados da companhia no segundo trimestre desse ano.
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A margem Ebitda da Piraquê ficou em 23,7% entre abril e junho desse ano, contra 14% que marcou na época em que foi adquirida pela M. Dias Branco. O resultado é reflexo da sua estratégia de redução de custos do aumento de valor agregado para grande parte do sue portfólio de marcas.
Além disso, o vice-presidente comercial da M. Dias Branco, Rômulo Dantas, salientou que “não queremos simplesmente ganhar volume, queremos ganhar volume e valor. Você consegue repassar preços quando tem impacto de commodity quando o consumidor valoriza o produto”.
Comentando sobre os impactos do novo coronavírus (Covid-19), Theodozio disse que “o efeito covid” ajudou na agilização de algumas ações.
Resultados da M. Dias Branco no 2T20
A produtora de massas e biscoitos registrou na última sexta-feira (7) um lucro líquido de R$ 152,4 milhões no segundo trimestre deste ano, equivalente a 51,5% ante os R$ 100,6 milhões obtidos no mesmo período de 2019.
A dona das marcas Vitarella, Richester, Fortaleza, Piraquê, Isabela, Estrela e Adria encerrou o trimestre findo em 31 de junho com uma receita líquida de R$ 1,89 bilhão, em alta de 22,2% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
“Mantivemos o crescimento acelerado nas duas áreas estratégicas, Ataque (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) e Defesa (Nordeste e Norte), bem como nas exportações”, destacou a M. Dias Branco.