O grupo holandês LyondellBasell desistiu de comprar a Braskem. A empresa não conseguiu alcançar um acordo com a Odebrecht e encerrou sem sucesso as negociações.
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“A Odebrecht, como acionista controladora da Braskem, seguirá empenhada em identificar e perseguir alternativas que agreguem valor à sua participação na empresa, em linha com a estratégia de estabilização financeira do grupo”, informou em nota a empreiteira brasileira.
O encerramento das negociações estaria relacionado a diversos fatores. Entretanto, o principal seria à insegurança jurídica sobre a situação financeira do grupo Odebrecht.
Desistência após análise cuidadosa
O diretor-presidente da LyondellBasell, Bob Patel, relatou que a combinação dos negócios seria interessante pelas potenciais sinergias. Entretanto, a decisão de suspender as negociações teria sido tomada em comum acordo entre as empresas após realizar uma “análise cuidadosa”.
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A Odebrecht e a LyondellBasell iniciaram a negociar sobre a possível venda da Braskem em junho do ano passado. A Petrobras, que possui cerca da metade do capital da Braskem junto com a Odebrecht, seguia de perto as negociações aguardando a eventual conclusão da venda. A estatal petrolífera avaliava a possibilidade de ceder também de sua fatia na empresa petroquímica para os holandeses.
A Odebrecht possui 38,3% das ações e 50,1% do capital votante da Braskem. Por sua vez, a Petrobras possui 36,1% das ações e 47% do capital votante.
Problemas no caixa
A Odebrecht está enfrentando uma série de dificuldades por causa dos efeitos da operação Lava Jato. Por isso, a empreiteira estaria tentando vender a Braskem como forma de reforçar seu caixa.
A gigante das construções já se desfez de várias empresas desde 2015, quando ela foi atingida pelas investigações da Procuradoria de Curitiba.
Na semana passada, a Atvos, outra empresa do grupo Odebrecht e segunda maior produtora de etanol do Brasil, apresentou um pedido de recuperação judicial.
Saiba mais: Braskem fecha acordo de leniência com CGU e AGU
Na última sexta-feira (31), a Braskem assinou com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU) um acordo de leniência. A petroquímica concordou pagar um total de R$ 2,87 bilhões à União até janeiro de 2025.
Graças a esse acordo, a Braskem terá uma redução de multas e poderá voltar a receber subsídios e empréstimos do governo federal. Além disso, a empresa poderá fechar novos contratos com a administração pública.
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