A Lupo, maior fabricante de meias e cuecas brasileira, teria contratado um sindicato de bancos para realizar a sua oferta pública inicial de ações (IPO) na bolsa de valores. As informações são do Brazil Journal.
A ideia da companhia seria finalizar o processo no segundo semestre deste ano. Para isso, Itaú BBA, XP, BTG Pactual e Bank of America foram contratados para tocar o bookbuilding da Lupo.
A Lupo pretende financiar, com o capital levantado na estreia na B3, a aquisição de marcas que complementem seu portfólio. A Lupo é uma das poucas marcas centenárias do Brasil e é comercializada em 35 mil lojas multimarcas, além de operar uma rede de 654 franquias.
A movimentação acontece em um momento em que as grandes companhias de vestuário brasileiras estão realizando uma série de fusões e aquisições, em busca da consolidação do mercado: o Grupo Soma (SOMA3), dono da Farm, adquiriu a Hering (HGTX3) em abril, isso após a Arezzo (ARZZ3) ter feito uma oferta. Esta, por sua vez, adquiriu a Reserva, em outubro do ano passado.
Lupo vem avançando em novos segmentos
Em 2020, a Lupo, com o comércio fechado, viu suas vendas caírem 18%, para R$ 736 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou para R$ 57 milhões, ante R$ 163 milhões em 2019.
A companhia, desde o início dos anos 90, vem aumentando suas áreas de atuação. Deixou o mercado de meias para comercializar cuecas, avançou para lingeries e, desde 2010, possui a Lupo Sport: marca de roupas casuais que conta com tops, camisetas e shorts. Segundo comentários, esta será o foco da expansão da companhia nos próximos anos.
A Lupo é líder absoluta do mercado em que atua majoritariamente, tendo um market share de 11,2% nas categorias de moda íntima e meias. Nas últimas duas décadas, cresceu 3,2 vezes mais do que as demais varejistas.