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Lula diz que entrará com ação questionando privatização da Eletrobras (ELET3)

Lula pede que países ricos paguem conta por preservação de florestas

Lula pede que países ricos paguem conta por preservação de florestas. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, neste sábado (6), que ainda pretende entrar com uma ação questionando a privatização da Eletrobras (ELET3).

Segundo ele, os processos movidos até o momento questionam apenas o fato de o governo ter um direito a voto inferior à sua participação na Eletrobras, que foi privatizada no ano passado.

Em entrevista a jornalistas durante viagem ao Reino Unido, Lula disse que não concorda com os termos colocados à época da operação, que estabelecem valores elevados para uma reestatização da Eletrobras, e sinalizou que não considera justo o governo ter 43% da empresa e estar limitado a 8% dos votos.

Além disso, o presidente Lula questionou os valores pagos aos dirigentes e conselheiros da empresa, que reajustaram os vencimentos em mais de 3.576%. “Os diretores aumentaram seus salários de R$ 60 mil por mês para mais de R$ 360 por mês, e um conselheiro para fazer uma reunião ganha mais de R$ 200 mi. Não é possível num País em que 33 milhões de pessoas passam forme vivermos numa situação como essa”.

Na época do reajuste, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, havia dito que o aumento nos salários seria justificável porque encontrava comparativos com qualquer empresa privada do mesmo porte, e que as remunerações estavam congeladas desde 2015.

Processo sobre a Eletrobras

Ontem a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o poder de voto que o Estado tem na Eletrobras.

A ação, porém, não reivindica a reestatização da empresa, objetivo de outras ações que tramitam na Justiça no momento.

O governo pede que essa restrição sobre a Eletrobras seja suspensa até o julgamento do processo pelo STF. A justificativa do pedido é de que a limitação do voto “é uma afronta aos princípios constitucionais de razoabilidade, proporcionalidade, impessoalidade, da moralidade e da eficiência da administração pública”.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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