O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado nesta quarta (6) a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Trata-se de sua segunda condenação na Lava Jato.
A condenação de Lula se deu no processo que investiga se ele recebeu propina por meio de obras de reforma de um sítio em Atibaia, interior de São Paulo. A sentença foi proferida pela juíza substituta de Sergio Moro, Gabriela Hardt.
Cabe recurso à decisão.
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O caso do sítio de Atibaia
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula recebeu propina do Grupo Schain, de José Carlos Bumlai, da Odebrecht e da OAS. O dinheiro teria sido repassado ao ex-presidente por meio de uma reforma de um sítio em Atibaia, onde Lula frequentava com a família.
Há outras 12 pessoas denunciadas nesse processo. De acordo com a acusação, pelo menos R$ 128 milhões foram pagos como propina pela Odebrecht. A OAS foi responsável pelo repasse de outros R$ 27 milhões.
Investigadores dizem que parte dessa soma serviu para a reforma do sítio, cujo valor teria sido de R$ 1,02 milhão. Esse total teria sido repartido pelas construtoras:
- Odebrecht e OAS: R$ 850 mil
- Schain: R$ 150 mil
O MPF afirma que Lula beneficiou as empresas com a manutenção de Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro Barusco como executivos na Petrobras. Eles comandaram esquemas de fraudes entre as empreiteiras e a estatal.
A condenação pelo caso triplex do Guarujá
O ex-presidente Lula está preso desde abril de 2018 em Curitiba, condenado a 12 anos e 1 mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A condenação se deu no âmbito do processo referente ao apartamento triplex no Guarujá.